A reposição da mesa técnica sobre o assunto será feita após 12 dias de conversas e um recesso das partes para afinar suas propostas.
O setor indígena deu ao Executivo suas sugestões para abordar o tema, com oito pontos, focados em benefícios para pequenos agricultores, transporte comunitário, mototáxi e controle do contrabando, entre outros.
A este respeito, o vice-ministro do Governo, Homero Castanier, salientou: “não há uma proposta firme porque ainda não se dirige a quem deve beneficiar deste subsídio”, disse.
O chamado direcionamento seria então um debate que poderia durar o resto da semana, segundo a Conferência Episcopal Equatoriana, que atua como mediadora nas negociações, que começaram em 13 de julho e estão previstas para 90 dias, com agenda de 10 temas em que os setores sociais buscam soluções.
Se não houvesse acordo ou houvesse pendências, iriam para a mesa de coordenação, especificou a esse respeito o presidente da CEE, Monsenhor Luis Cabrera.
Além desta pendência, está prevista para este dia a instalação da tabela de controle de preços e especulação, com uma etapa inicial de apresentação dos associados e troca de informações.
Inicialmente, o programa de diálogo previa a dedicação de cinco dias para cada mesa, mas no concreto há pontos que demonstraram demandar mais tempo.
Focalização de subsídios, banca pública e privada, desenvolvimento produtivo, emprego e direitos trabalhistas, energia e recursos naturais, direitos coletivos e ensino superior, proteção dos investimentos nacionais, controle de preços, acesso à saúde e segurança são os temas a serem discutidos até o próximo mês de outubro.
O Governo é representado pelos diferentes ministérios e entidades financeiras e pelos setores sociais a Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), o Conselho de Povos e Organizações Indígenas Evangélicas do Equador (Feine) e a Confederação Nacional de Organizações Camponesas, Indígenas e Preto (Fenocina).
Essas três organizações convocaram uma greve nacional realizada de 13 a 30 de junho, à qual se juntaram outros grupos exigindo políticas sociais e econômicas justas e contra o neoliberalismo.
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