Em declarações transmitidas pela RT, o deputado disse que a nova ordem poderia ser descrita como “a falência do regime de Kiev”.
Volodin sugeriu às autoridades ucranianas que, antes de reivindicar qualquer coisa, eles deveriam ter assumido um terço das dívidas da ex-URSS.
“Uma grande parte do compromisso assumido pelas repúblicas da ex-União Soviética a partir de 1994, avaliada em 110 bilhões de dólares, foi paga por nosso país, deixando todas as nações envolvidas livres e livres do peso da dívida”, lembrou o legislador.
Ele também salientou que entre 1991 e 2013 a Rússia forneceu assistência material “para o povo irmão” da Ucrânia sob a forma de energia, preços concessionais, créditos e preferências comerciais avaliadas em 250 bilhões de dólares.
As observações de Volodin seguem as alegações feitas na véspera pelo embaixador da Ucrânia no Reino Unido, Vadim Pristayko, em uma entrevista ao portal Suspilniy, onde ele exigiu que Kiev recebesse uma parte da propriedade estrangeira da ex-URSS que, após seu desmembramento, ficou sob a jurisdição russa.
“Quando a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas entrou em colapso, Moscou propôs a todos os territórios envolvidos que esquecessem as dívidas, tomando todas as propriedades da União em todo o mundo”, disse o diplomata.
Nesta linha, Pristayko observou que Kiev exige agora que o governo russo devolva “pelo menos um terço do que está no exterior”. Em particular, ele mencionou propriedades no Reino Unido que foram “ilegalmente” registradas como bens russos, de acordo com o diplomata.
Em julho, o jornal britânico The Times noticiou que a Ucrânia queria recuperar 18 propriedades que a Rússia herdou após o colapso da URSS. Os bens incluem um castelo do século XIX e o segundo maior edifício de Londres.
Entre 1992 e 1994, a Rússia assumiu os compromissos das antigas repúblicas da ex-URSS sobre suas dívidas externas. Por sua vez, esses territórios desistiram de sua parte de ativos estrangeiros.
A este respeito, o presidente russo Vladimir Putin indicou em fevereiro de 2020 que Moscou liquidou todas as dívidas soviéticas, embora nem todas as ex-repúblicas tenham entregue os ativos.
O chefe de Estado russo estimou então que 16 milhões de dólares haviam sido pagos somente pela Ucrânia.
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