A organização não governamental alertou em comunicado sobre o aumento da violência nesta nação árabe, devastada por mais de sete anos de guerra.
Só na última semana desse mês, 38 menores foram vítimas do conflito, o número mais elevado em sete dias desde o início de 2020, sublinhou a entidade.
No entanto, ele enfatizou que a cessação das hostilidades, que expira na terça-feira, foi uma mudança muito positiva para as crianças no Iêmen, com 53% menos vítimas civis relatadas em comparação com os quatro meses anteriores à trégua.
No mesmo período, as baixas de crianças caíram 30%, para 120, enfatizou. As palavras falham quando se trata de descrever a quantidade de sofrimento e dificuldades que as crianças enfrentam desde 2014 devido a uma guerra implacável que teve um preço terrível em suas vidas e no futuro de seu país, disse o diretor da Save the Children para o Iêmen, Rama Hansraj.
Esta semana a ONG Oxfam alertou que a grave situação alimentar no país se agravou nos últimos meses devido ao aumento dos preços dos alimentos no mercado mundial.
O Iêmen importa 90% de seus alimentos, incluindo 42% de seu trigo, da Ucrânia, lembrou.
O Programa Mundial de Alimentos revelou dias atrás que cerca de 19 milhões de iemenitas, de um total de 31 milhões, sofrem de insegurança alimentar, embora o número possa aumentar dramaticamente este ano.
A guerra começou em 2014, quando os rebeldes houthis pegaram em armas e ocuparam grande parte do país, incluindo Sanaa, a capital.
No ano seguinte, uma coalizão árabe, liderada pela Arábia Saudita, interveio no conflito em apoio ao então presidente Abd Rabbu Mansour Hadi, que entregou o poder ao novo Conselho de Liderança Presidencial.
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