A organização vai acordar os passos a serem seguidos para restaurar os direitos dos trabalhadores do Estado após mais de um mês de desemprego indefinido devido à indiferença das autoridades políticas libanesas.
Em meio a esse cenário, o diretor da Associação dos Empregados da Administração Pública, Nawal Nasr, afirmou que a greve continuará até que seja alcançada uma fórmula justa e equitativa para os trabalhadores que inclua apoio familiar, subsídios médicos e educação.
A Comissão Ministerial para avaliar as repercussões da crise financeira no funcionamento das instituições do governo interino apoiou na semana passada a concessão de auxílios econômicos adicionais equivalentes ao valor de um salário integral e um auxílio-transporte diário, desde que, pelo menos, dois dias.
Na reunião do gabinete interino, os funcionários concordaram em entregar uma compensação pela produção em função de cada dia efetivo de presença no local de trabalho nas administrações públicas e na Cooperativa dos Empregados do Estado durante os meses de Agosto e Setembro.
As autoridades concordaram em fornecer uma verba para cobrir as despesas médicas e de hospitalização das forças militares, do Ministério da Saúde Pública, da Cooperativa dos Empregados do Estado e dos fundos mútuos, além de garantir quotas pertencentes ao Fundo Nacional de Segurança Social.
Eles também concordaram em oferecer ajuda financeira à Universidade Libanesa para administrar suas condições e garantir os interesses dos professores e do restante dos trabalhadores.
Além disso, o Comitê solicitou aos chefes que tomassem medidas administrativas disciplinarias contra os interessados que não comparecerem aos seus trabalhos sem justificativa legal por, pelo menos, dois dias.
De acordo com estimativas do Banco Mundial, o Produto Interno Bruto real no Líbano deverá cair mais 6,5% em 2022, após registrar uma queda de 10,5 e 21,4 em 2021 e 2020, respectivamente.
Por sua vez, a taxa de câmbio da libra libanesa continua sua queda acentuada, perdendo 95 por cento de seu valor em junho deste ano, enquanto a inflação atinge devastadores 890 desde o início da crise.
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