Comícios em locais públicos, coletivas de imprensa, reuniões com organizações civis e contatos porta-a-porta com potenciais eleitores estão na agenda para quinta-feira, em vista da aproximação das eleições de 24 de agosto.
Ao mesmo tempo, os concorrentes aproveitam o tempo público de rádio e televisão para divulgar suas propostas e treinar seus respectivos delegados de lista, que devem atuar como supervisores.
Depois de realizar ontem uma manifestação maciça na província central de Malanje, o Movimento Popular pela Libertação de Angola (MPLA) anunciou hoje uma mobilização semelhante na cidade de Ndalatando, Cuanza Norte (centro-norte), liderada pelo candidato presidencial do partido, João Lourenço, que está buscando um segundo mandato no cargo.
Competindo contra o MPLA estão a União Nacional pela Independência Total de Angola, o Partido da Renovação Social, a Frente Nacional pela Libertação de Angola, a Aliança Patriótica Nacional, o Partido Humanista de Angola, o Partido Nacionalista pela Justiça em Angola e a Ampla Convergência para a Salvação da Coligação Angola-Eleitoral.
Mais de 14 milhões de 399 mil cidadãos são chamados às urnas para eleger o presidente e vice-presidente da República e os 220 deputados para a Assembleia Nacional (congresso unicameral) para um mandato de cinco anos.
A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) começou na véspera da entrega das credenciais aos delegados das oito formações políticas em uma cerimônia simbólica em Luanda, liderada pelo chefe da instituição, Manuel Pereira da Silva. Em declarações à imprensa, o porta-voz da CNE Lucas Quilundo esclareceu que os delegados da lista não são agentes eleitorais, mas têm uma grande responsabilidade, pois devem testemunhar a abertura das urnas, o processo de votação e a contagem das cédulas até a assinatura da ata final nas seções eleitorais onde estão localizados.
Na quarta-feira, a CNE recebeu por via aérea mais de 68 toneladas de material para as eleições, composto de urnas, cédulas, modelos de cédulas e tinta indelével, através de um contrato assinado com a empresa espanhola Indra.
De acordo com a fonte, a mídia será distribuída imediatamente aos 18 conselhos provinciais de eleitores e depois entregue aos municípios e finalmente aos postos de votação 48 horas antes do dia da votação.
jf/mjm/bm