A organização declarou em um comunicado que a partir de 24 de outubro fará justiça e planeja criar três escritórios de coordenação nas regiões Norte, Sul e Planalto Central.
“Se o Haiti permanecer sob o controle de quadrilhas e bandidos armados, após a expiração do ultimato dado a Ariel Henry pelas Nações Unidas, entenderemos que somente o povo é capaz de restaurar a segurança no país”, disse o partido em uma declaração.
Na semana passada, o Conselho de Segurança da ONU enfatizou a urgência de se chegar a um acordo sobre um processo político que permita eleições e solicitou ao governo uma atualização sobre o progresso até 17 de outubro.
Também ameaçou congelar bens ou impor proibições de viagem àqueles que participam ou apoiam a violência de gangues organizadas e atividades criminosas ou abusos dos direitos humanos.
Nas últimas semanas, os apelos para uma mobilização geral aumentaram em meio ao aumento da violência dos grupos armados, que operam com impunidade.
O Movimento Unificado dos Transportadores Haitianos pediu protestos contra a insegurança e o alto custo de vida e descreveu a situação no Haiti como genocídio.
Seu diretor geral, Duclos Bénissoit, denunciou o aumento dos preços das necessidades básicas e a constante deterioração das condições de vida da população, enquanto persiste a violência das gangues, com 300 mortes somente em julho.
Por sua vez, a União dos Normalistas Haitianos encorajou manifestações em massa contra atos de banditismo, em particular sequestros, que aumentaram dramaticamente.
De janeiro a maio, as autoridades registraram pelo menos 500 incidentes desse tipo e o número aumentou nos últimos dois meses, quando vários sequestros coletivos foram relatados.
A organização Matrix Revolution, liderada pelo ex-senador Antonio Cheramy, também sugeriu uma mobilização geral para “salvar o Haiti de afundar” e pediu o fim das negociações com o primeiro-ministro Ariel Henry.
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