Um total de 4.228 pacientes foram internados por esta causa até agora este ano, enquanto 1.568, ou mais de um terço deles, foram registrados nos primeiros 19 dias de agosto, segundo as estatísticas da DGHS.
Especialistas temem que o aumento de infecções continue até outubro porque medidas efetivas não foram tomadas, refletiu o portal New Age.
Apontaram ainda que o número oficial de internações não representava a situação real, uma vez que apenas considera 47 centros de saúde privados e públicos de Dhaka, num universo de mais de mil.
A capital Daca abriga 390 clínicas particulares e 691 centros de diagnóstico, de acordo com o site da Associação de Proprietários de Clínicas Privadas de Bangladesh.
O entomologista Manjur A Chowdhury disse que os pacientes com dengue podem ser de oito a 10 vezes o número relatado.
Chowdhury aconselhou as autoridades da cidade a trabalhar para conscientizar as pessoas sobre o problema e destruir os criadouros do mosquito Aedes o mais rápido possível.
O professor de zoologia da Universidade de Jahangirnagar e especialista em gestão de vetores Kabirul Bashar disse que a situação pode começar a melhorar no final de setembro ou início de outubro.
Muitos pacientes com dengue não aparecem na contagem oficial e um grande número de casos é tratado em casa, enquanto muitos hospitais não estão incluídos nos dados oficiais, acrescentou.
Em 2019, 101.354 pacientes com dengue foram hospitalizados e 179 deles morreram, os números oficiais mais altos desde 2000, quando Bangladesh começou a manter registros.
No ano passado, foram notificados 28.429 casos de dengue e 105 mortes, o segundo maior número desde 2000.
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