“Como se os franceses não tivessem preocupações, 10 milhões vivem na pobreza por causa da imprudência do Presidente Macron e da predação dos ricos”, respondeu no Twitter o secretário nacional do Partido Comunista, Fabien Roussel.
O líder do La France Insoumise, Jean-Luc Mélenchon, também tomou uma posição dura contra os comentários do Chefe de Estado no Conselho de Ministros, no qual ele exortou a população a se preparar para enfrentar uma fase econômica complexa, marcada por carências e desafios.
“Não Sr. Macron, nunca houve abundância, mas irresponsabilidade, pilhagem, desperdício, mercantilização de tudo e de tudo o que está vivo”, disse Mélenchon nas mídias sociais.
Anteriormente, ao instalar o Conselho de Ministros que marca o fim das férias de verão para o governo, o presidente disse que haverá um cenário de ruptura das cadeias de valor, ausência de “produtos e tecnologias que pareciam perpetuamente disponíveis” e escassez de materiais e água.
Outro dos que reagiram foi o deputado da Assembleia Nacional para o insubordinado Manuel Bompard, também para desqualificar o discurso.
“Eu não sei de que abundância você está falando. Não tenho a impressão de que para os franceses estes últimos meses tenham sido um tempo de abundância”, advertiu ele.
Como resultado do conflito na Ucrânia e do efeito bumerangue na Europa das sanções impostas pelo Ocidente contra a Rússia, a França vem experimentando há meses um aumento dos preços, com uma inflação anual superior a 6,0% em julho.
mgt/wmr/bm