23 de February de 2025

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Espanha busca consenso por medo de inverno rigoroso

Espanha busca consenso por medo de inverno rigoroso

Madrid, 26 ago (Prensa Latina) As controvérsias entre o governo e a oposição marcaram a aprovação do decreto-lei de economia de energia na Espanha, que hoje levou a um consenso sobre o temor de um inverno rigoroso.

O foco da crise energética na Europa é a guerra na Ucrânia e a quase absoluta certeza de que ela continuará, para a qual a dependência do gás russo e as sanções impostas a Moscou dificultam uma perspectiva otimista.

De fato, a terceira vice-presidente do Governo e ministra da Transição Ecológica e do Desafio Demográfico, Teresa Ribera, iniciou esta sexta-feira uma nova ronda de conversações com os principais setores (político, sindical e sociedade civil) em busca de apoios para reduzir consumo de gás.

A ideia, que as empresas também devem apoiar, é promover um Plano de Contingência que o Governo deve enviar a Bruxelas, sede do braço executivo da União Europeia (UE), a Comissão.

Por enquanto, não está claro até que ponto a questão pode ser complicada pela aproximação do inverno, especialmente quando na Espanha, por exemplo, a decisão do governo é reduzir ao mínimo o consumo de energia em locais públicos e lojas.

Ontem, o Executivo de esquerda chefiado pelo socialista Pedro Sánchez conseguiu fazer passar no Congresso o decreto-lei de economia de energia, com 187 votos a favor, 161 contra e uma abstenção.

As propostas que já entraram em vigor em meados de agosto e serão ampliadas em setembro, envolvem economia de energia em prédios administrativos e espaços comerciais, e estabelecem o desligamento das vitrines a partir das 22h00 locais.

Da mesma forma, limita o ar condicionado a 27 graus no verão -com exceções- e o aquecimento acima de 19 graus no inverno.

De acordo com o decreto, que tramitará como projeto de lei e abrirá o debate a emendas, o suplemento de até 400 euros também está incluído até dezembro para estudantes maiores de 16 anos. Seu impulso se deve às demandas da UE pelo prolongamento da guerra na Ucrânia.

A temida crise energética, em profundidade, também fez com que o Executivo estabelecesse gratuitamente até 100 por cento das passagens suburbanas e de média distância (trens) da Renfe de 1º de setembro a 31 de dezembro.

Da mesma forma, entregou 450 milhões de euros em ajudas diretas às empresas de transporte.

rgh/ft /ls

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