Santiago do Chile, 27 ago (Prensa Latina) Mulheres chilenas das comunas da Região Metropolitana de Santiago participam hoje do Teatro Caupolicán em um ato maciço de apoio ao projeto da Carta Magna que em breve será submetido a um plebiscito.
O chamado “Caupolicanazo feminista pela nova constituição” foi convocado por cerca de trinta organizações e comemorará os históricos comícios realizados nesse mesmo palco em 1978 e 1983 contra o regime de Augusto Pinochet.
Cynthia Shuffer, uma das organizadoras do evento, afirmou que a proposta de uma nova lei fundamental avança em transformações substantivas para as mulheres, principalmente no direito à representação política, a ter uma vida livre de violência, moradia digna e reconhecimento do trabalho doméstico e trabalho de cuidado.
Em 4 de setembro, os chilenos devem se pronunciar em um referendo pela aprovação ou rejeição da proposta de uma nova constituição para substituir a vigente desde a época da ditadura (1973-1990).
O projeto da carta magna contém mais de vinte artigos que fazem alusão às questões de gênero e podem trazer transformações substantivas para as mulheres.
“A nova constituição significa uma mudança de vida e um país melhor para nós, para nossas filhas, netas, sobrinhas e todos aqueles que habitam este amado território”, diz uma carta assinada esta semana por milhares de mulheres.
Entre as organizações que convocaram o evento deste sábado estão a Rede contra a Violência contra a Mulher, a Rede de Atrizes Chilenas, o Movimento pela Emancipação da Mulher, a Coordenadora Feminista 8M e a Marcha Mundial das Mulheres.
Artistas como Ana Tijoux, Aylin Silva, Natalia Valdebenito e Fernanda Villavicencio participarão do encontro.
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27-08-2022T00:03:49