Neste 28 de agosto “vamos mostrar que quem ama e constrói é mais do que quem odeia e desfaz”, disse o ativista Carlos Lazo em um vídeo postado na internet no dia anterior.
Sob o título Atenção! Caravana contra o Bloqueio!, a transmissão audiovisual na rede social Twitter convocou a concentração dos participantes em Miami na manhã de domingo em 999 Ponce de Leon Boulevard, Coral Gables.
Os cubanos e estadunidenses que querem uma reaproximação e superar as diferenças entre nossos países “são muito mais do que os inimigos”, disse o professor de Seattle, líder do projeto de solidariedade.
Em 13 de agosto, durante uma entrevista coletiva em Miami, Lazo rejeitou as difamações e acusações do senador de extrema-direita Marcos Rubio e de todos aqueles que tentam intimidar Puentes de Amor.
As recentes ameaças apenas “nos enchem de coragem”, disse ele quando antecipou que esta caravana aconteceria “no mesmo lugar e com as mesmas pessoas”.
Somos um movimento pacífico – enfatizou – que só quer o fim do bloqueio.
No último fim de semana de cada mês, repete-se a exigência de que o presidente Joe Biden ponha fim às sanções contra Cuba e acabe com o cerco unilateral imposto pelos sucessivos governos da Casa Branca, sejam eles democratas ou republicanos.
Puentes de Amor é um dos grupos que integra a crescente onda de rejeição a essa política hostil que tenta sufocar os cubanos há mais de seis décadas.
Biden prometeu reverter as políticas fracassadas em relação à ilha de seu antecessor, Donald Trump, mas mais de 18 meses após sua chegada à mansão executiva quase não há sinais nesse sentido.
Em 16 de maio, o governo democrata anunciou algumas medidas sobre vistos, migração regular, viagens, remessas e ajustes nos regulamentos para transações com o setor não estatal que foram bem recebidas; no entanto, eles não tocaram a própria essência do bloqueio. As autoridades cubanas expressaram a esse respeito que é um passo limitado na direção certa, mas que os anúncios não modificam em nada o bloqueio ou as principais medidas coercitivas adotadas pelo governo Trump (2017-2021).
mem/dfm/cm