“No âmbito destes acordos, as informações sobre o processo de censo serão enviadas, é o que corresponde”, disse a Vice-Ministra de Comunicação, Gabriela Alcón, em uma entrevista com o canal de TV estatal da Bolívia.
Ela afirmou que no momento não há argumentos para mobilizações porque estamos cumprindo.
Explicou que nos espaços de diálogo não houve observações substanciais sobre o cronograma, o que responde a parâmetros técnicos e internacionais.
Esta fase, acordada entre o Presidente Luis Arce e os prefeitos das nove capitais de departamento mais El Alto para construir um processo consensual, foi concluída na sexta-feira passada.
Ao final das 10 reuniões, os participantes rubricaram acordos com o denominador comum de despolitização e apoio a este trabalho liderado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Todo este trabalho começou em 12 de julho na sede presidencial com uma reunião da Comissão Nacional Autônoma, com a presença de todos os governadores – exceto Luis Fernando Camacho de Santa Cruz – e instituições do governo local. Lá, uma série de reuniões entre o executivo nacional e governadores, prefeitos e reitores de universidades públicas foram acordadas, com o objetivo de abrir uma ampla base de participação e transparência.
Segundo Alcón, “há 700 atividades, há todo um aparelho que foi desenvolvido, não se trata de discursos políticos ou dos caprichos de alguns setores”.
Esta expressão está relacionada à atitude do governador Camacho e do reitor da Universidade Autônoma Gabriel René Moreno, Vicente Cuéllar, que estão promovendo mais protestos com a exigência de cancelar o adiamento do censo, apesar de terem assinado um documento de despolitização e apoio do ponto de vista técnico em 15 de agosto.
Como parte do processo de socialização, nos próximos dias o Ministério do Planejamento e o INE anunciarão a data, mês e ano do censo, com base no consenso construído e independentemente dos caprichos e ameaças dos “pequenos grupos”, disse o porta-voz presidencial Jorge Richter.
Alcón, entretanto, insistiu que o censo é um trabalho eminentemente técnico e é apoiado por organizações internacionais como o Centro Demográfico da América Latina e Caribe (uma divisão da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), o Fundo de População das Nações Unidas, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, o Banco Mundial e Fonplata.
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