Em declarações à RIA Novosti, o diplomata ratificou a mensagem do director-geral da entidade, Rafael Grossi, que anunciou no Twitter que a equipa de especialistas já está a caminho e deverá chegar à área da fábrica até ao final da semana.
“Devemos proteger a segurança da maior instalação nuclear da Ucrânia e da Europa”, escreveu o principal funcionário da OIEA.
A esse respeito, Ulyanov especificou que Grossi planeja deixar permanentemente vários representantes da entidade atômica na fábrica de Zaporozhye.
Explicou ainda que a missão enviada é composta por cerca de 15 pessoas, responsáveis pela segurança nuclear, que são acompanhadas por uma equipa de profissionais de logística e segurança das Nações Unidas.
Nesse sentido, o diplomata revelou anteriormente que a equipa será também composta por técnicos da empresa russa Rosatom, líder mundial no setor nuclear.
Ulyanov acrescentou que durante a visita serão avaliadas a situação na fábrica, a segurança e as medidas a serem tomadas e, em seguida, serão feitas recomendações.
Como parte das ações para frear as constantes agressões das tropas ucranianas contra a instalação nuclear, no dia anterior, os militares russos derrubaram um drone kamikaze destinado a uma área de armazenamento de combustível nuclear usado.
Enquanto no último sábado, quatro projéteis ucranianos atingiram a área de armazenamento de isótopos radioativos. Em ambos os eventos não houve vítimas humanas, nem a infraestrutura ou áreas-chave da usina foram danificadas.
Desde 5 de agosto passado, autoridades locais e russas denunciaram repetidamente os ataques diretos contra a fábrica de Zaporozhie por Kiev.
O representante permanente da Rússia na ONU, Vasili Nebenzia, insistiu que a continuação dessas ações militares poderia desencadear um “acidente nuclear com consequências catastróficas para todo o continente europeu”.
Paralelamente, continuam as acusações contra o Exército russo pelos ataques e pelo agravamento da situação.
No entanto, Moscou deixou claro que seus militares não têm motivos para bombardear a usina nuclear e, pelo contrário, trabalham em coordenação com os funcionários da usina para evitar um desastre radioativo.
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