Durante este dia, o Executivo prometeu dar respostas aos temas abordados no âmbito da análise de Energia e Recursos Renováveis.
“Chegamos a algumas conclusões. Vamos responder a essas questões por escrito amanhã”, garantiu o ministro de Energia e Minas, Xavier Vera Grunauer, na véspera, horas após a reunião entre as partes.
No entanto, as lideranças do setor indígena presentes nos debates têm uma opinião diferente sobre o resultado do encontro.
“Mais do que preocupados, existe um desespero”, disse Samuel Lema, diretor do Conselho de Povos e Organizações Indígenas Evangélicas do Equador (Feine), uma das organizações que participam do diálogo.
Os pedidos estão baseados em temas específicos como mineração e petróleo, além de reformas na Lei de Hidrocarbonetos e na Lei da Amazônia.
Entre os pontos mais sensíveis estão as demandas pela eliminação da mineração em territórios indígenas, áreas arqueológicas e de recursos hídricos.
Paralelamente, espera-se hoje que sejam retomadas também as análises sobre o Subsídio com foco nos combustíveis, nas quais não se prevê consenso.
Desde o último dia 13 de julho, começaram as negociações para buscar soluções para 10 questões acordadas pelas partes e definidas na Ata pela Paz, assinada após 18 dias de greve nacional registrada em junho passado.
O cronograma estabelecido previa um prazo de 90 dias para tratar dos 10 temas e especificar resoluções para os mesmos.
No entanto, com mais da metade do tempo transcorrido, o diálogo não foi além das reuniões e as respostas ainda estão no ar, o que desperta o alarme entre as lideranças indígenas.
As lideranças indígenas alertaram que respeitarão os prazos estabelecidos para as negociações, mas recorrerão a novas ações caso o prazo determinado termine sem as soluções prometidas pelo governo e almejadas pelos setores sociais participantes das manifestações.
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