Em reunião na segunda-feira, os partidos representados no parlamento concordaram que a redação de um novo texto deve ser feita por um órgão cem por cento eleito, de natureza conjunta, apoiado por uma comissão de especialistas e submetido a um plebiscito obrigatório.
No entanto, logo após a União Democrática Independente, Renovação Nacional e Evópoli, integrantes da coalizão de oposição, negaram um compromisso intersetorial em um eventual processo constituinte e afirmaram que a nova convenção deve ser mista.
“Queremos ser claros: continuaremos a trabalhar de forma decisiva, cautelosa e responsável, sem calma, mas sem pressa, para chegar aos acordos necessários, que ainda não foram finalizados”, disseram as organizações políticas em comunicado.
A presidente do Partido Socialista, Paulina Vodanovic, disse estar surpresa com a atitude do Chile. Vamos ignorar o que foi acordado e considerou que a direita está tentando ganhar um pouco de tempo.
Enquanto isso, a líder do Partido para a Democracia, Natalia Piergentili, considerou incompreensível a decisão da oposição de ignorar os pontos que os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados leram mais de três vezes.
“Quando se quer encontrar desculpas para não se comprometer até o fim, deve-se prestar atenção a qualquer detalhe”, alertou, por sua vez, a senadora do Partido Comunista Claudia Pascual.
O Chile Vamos, já anunciou que não participará da reunião desta quinta-feira sobre a continuidade do processo constitucional.
Uma pesquisa publicada esta semana indica que 67% dos chilenos concordam em avançar para uma nova Carta Magna para substituir a vigente desde 1980, imposta durante a ditadura.
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