Na província da Huíla, no Sul, a diretora-geral do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), Anita Esperança, disse à agência de imprensa que a decisão do Ministério da Agricultura visa aumentar as colheitas e contribuir para a redução dos défices nutricionais.
Segundo o relatório, a distribuição incluiu cerca de 3.200 toneladas de sementes melhoradas de milho, 1.300 feijão, 750 de soja, 700 trigos e 650 hortaliças, entre outras variedades de sementes.
A medida beneficiou mais de três milhões de famílias camponesas cadastradas pelo Ministério da Agricultura para a campanha agrícola, explicou o responsável.
Segundo o entrevistado, a previsão é colher cerca de 26 milhões de toneladas de diversos produtos alimentícios no próximo ciclo.
A IDA, especificou, ficou a cargo da gestão da distribuição, tendo em vista “que o público-alvo tenha um bom desempenho na produção de alimentos, para a consequente minimização da fome”.
As avaliações do executivo colocam os territórios da região sul, incluindo a Huíla, numa situação historicamente desfavorecida devido a processos cíclicos de seca, que em 2019 levaram ao início de investimentos hidráulicos milionários para encontrar soluções estruturais em benefício da população e a economia.
A primeira destas obras (canal de Cafu) foi inaugurada em maio de 2022 pelo Presidente João Lourenço e consiste num sistema de captação e transferência de água do Rio Cunene para diferentes zonas de risco.
O megaprojeto é concebido para 74 meses de execução; ou seja, um mínimo de seis anos, dependendo da disponibilidade de financiamento, pois serão necessários mais de cinco bilhões de dólares para pagar as infra-estruturas previstas nas províncias do Cunene, Namibe e Huíla.
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