Madrid, 19 set (Prensa Latina) Devem ter feito a ele a eterna pergunta um milhão de vezes, mas ele já está acostumado a ser o recordista mundial do salto em altura e hoje gosta disso: Javier Sotomayor.
A haste elevada a 2,45 metros, desde 27 de julho de 1993, em Salamanca, na Espanha, resistiu à passagem do tempo e permanece intocada.
De visita à Espanha, onde um de seus filhos, Jaxier, de 14 anos, tem futuro no atletismo com 1,97 metros no campeonato nacional daqui, Sotomayor disse com exclusividade à Prensa Latina que o esporte envolve consistência, esforço, dedicação e um pouco de sorte.
“Claro que há uma preocupação de quanto tempo meu recorde vai durar. Por ser honesto – e não por um desejo pessoal -, tudo indica que ele ainda tem anos, porque há algum tempo a progressão dos saltadores do momento “, comentou.
Por insistência da Prensa Latina, ele lembrou que durante os anos de 2013, 2014 e até 2015, o ucraniano Bohdan Bondarenko foi projetado como forte candidato a bater o recorde mundial de Sotomayor. Ele saltou 2,42 metros e se envolveu na disputa pelo topo com o catariano Mutaz Essa Barshim.
No entanto, depois de tentar bater a liderança cubana três vezes em 2013, ele nunca recuperou sua forma. Já Barshim e o italiano Gianmarco Tamberi são as principais figuras da especialidade.
Antes, Sotomayor convivia com nomes como os suecos Patrick Sjöberg (ex-recordista mundial com 2,42 metros), Stefan Holm, os russos Yaroslav Rybakov, Sergei Klyugin e Vyacheslav Voronin, entre outros.
Campeão olímpico em Atlanta 1996 e vice-campeão em Sydney 2000, além de inúmeras medalhas de ouro em torneios e copas do mundo, Jogos Pan-Americanos e mundiais indoor, o “Príncipe das Alturas”, como era chamado na época, acredita que atualmente os recordes não são estáveis acima de 2,40 metros.
Prêmio Príncipe das Astúrias do Esporte, Sotomayor também agradece o privilégio de deter a primazia universal do salto em altura indoor, 2,43 metros, estabelecido em Budapeste em 4 de março de 1989.
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