23 de December de 2024
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Bolsonaro repreende ONU por sanções unilaterais e seletivas

Bolsonaro repreende ONU por sanções unilaterais e seletivas

Nações Unidas, 20 set (Prensa Latina) O presidente brasileiro Jair Bolsonaro reprovou hoje a 77ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas por sanções unilaterais e seletivas contra a Rússia, mas sem citar o gigante país europeu.

“Não acreditamos que o melhor caminho seja a adoção de sanções unilaterais e seletivas contrárias ao direito internacional”, disse o líder de extrema-direita, referindo-se ao conflito na Ucrânia.

O Brasil tem se pautado pelos princípios do direito internacional e pela Carta da ONU. “Defendemos um cessar-fogo imediato, a proteção de civis e não combatentes, a preservação da infraestrutura crítica para atender a população e a manutenção de todos os canais de diálogo entre as partes em conflito”, disse Bolsonaro.

Ele pediu às partes, “assim como a toda a comunidade internacional, que não percam nenhuma oportunidade de encerrar o conflito e garantir a paz. A estabilidade, a segurança e a prosperidade da humanidade estão em sério risco se o conflito continuar”, disse ele.

Segundo o ex-militar, o Brasil tem tentado “evitar bloquear os canais de diálogo” entre os envolvidos no confronto armado e que o governo brasileiro é “contra o isolamento diplomático e econômico”.

“As consequências do conflito já estão sendo sentidas nos preços mundiais de alimentos, combustíveis e outros insumos. Esses impactos nos colocam todos contra os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, alertou.

Desde 1955, por tradição, o chefe da delegação brasileira é o primeiro a discursar na ONU.

Em seu discurso de 20 minutos, Bolsonaro também criticou os esforços anteriores e fez um balanço das ações de seu governo.

Ele citou a criação da Ajuda Brasil, a redução de impostos que levou à queda dos preços dos combustíveis e a privatização de empresas estatais.

Ele se gabou de que seu governo acabou com a “corrupção sistêmica” que, para ele, existia no país, mas silenciou o fato de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter provado sua inocência na Justiça diante de cada uma das denúncias sobre o flagelo .

Depois de ir a Londres fazer campanha para o funeral da rainha Elizabeth II, Bolsonaro chegou a Nova York, onde foi alvo de protestos na cidade.

Uma mega projeção foi feita no prédio da sede da ONU. As imagens descreviam Bolsonaro como “vergonha brasileira”, “desgraça” e “mentiroso”.

Os opositores também exibiam faixas e gritavam: “pobres direitistas”, “Bolsonaro fora genocida”, “Lula vai cuidar”, “paz, amor, Lula”.

mv/ocs/ls

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