A segunda vice-presidente do Governo e Ministra do Trabalho, Yolanda Díaz, alertou esta quarta-feira que é uma ideia da administração andaluzia (a cargo do Partido Popular de oposição) que supõe “uma aposta de dumping fiscal entre comunidades.”

Díaz atacou os conservadores do PP por dar uma “clara declaração de intenção (…) como presente fiscal” a 13.000 pessoas na Andaluzia por um valor de 93 milhões de euros.

Um dinheiro que, segundo a ministra do Trabalho, permitiria à comunidade andaluza contratar mais de 1.700 professores na comunidade ou mais de 1.300 médicos.

Também em termos ásperos, a ministra das Finanças, María Jesús Montero, sublinhou que com as ações dos Populares de pedir a redução do IVA para todo o cabaz de compras quando durante o seu governo o elevou em produtos básicos como eletricidade, gás, água, passagens de trem (…), “pregam o que não praticam”.

“Este governo está defendendo os interesses da classe média trabalhadora (…), contra um PP que defende os interesses das empresas de eletricidade, petrolíferas, bancos e latifúndios”, observou Montero.

O presidente da Junta de Andaluzia, Juanma Moreno (PP), alertou nesta quarta-feira o governo central para não cair na “tentação de interferir na autonomia fiscal”.

Ele indicou em entrevista à rádio Cope que ficou surpreso com o “ataque irado” do governo pela eliminação do imposto sobre a fortuna.

O assunto já causou irritação em outra comunidade, a Catalunha, onde Moreno se dirigiu abertamente a convidar empresários daquela região para se estabelecerem na Andaluzia como futuro paraíso fiscal.

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