Segundo o Ministério de Economia e Finanças (MEF), o aumento interanual foi de 3.413 milhões de dólares até o oitavo mês do ano e o rápido aumento responde às despesas da atual administração de Laurentino Cortizo para levantar fundos para compensar a queda de renda devido à paralisia da economia após o flagelo da Covid-19.
O saldo da dívida representa 63% do Produto Interno Bruto (PIB) nominal, que para este ano é estimado em 68.243 bilhões de dólares, superior à meta de 40% estabelecida na Lei de Responsabilidade Social Fiscal, com relação à relação entre a dívida líquida e o PIB, disse o MEF.
A este respeito, o economista Carlos Araúz disse ao La Prensa que antes da pandemia, o Panamá já enfrentava uma desaceleração econômica que obrigava ao uso da dívida, mas se os atuais níveis insustentáveis afetam os mais vulneráveis.
De acordo com estatísticas da Diretoria de Finanças Públicas, em agosto de 2020, a dívida pública era de 33,579 bilhões de dólares, ou seja, em dois anos, este indicador cresceu quase 10 bilhões de dólares.
Alguns dos setores mais atingidos pelo Covid-19 foram o turismo e a construção civil, com mais de um milhão de pessoas entrando no setor informal em meio à inflação crescente que está afetando o bem-estar de milhares de lares, noticiam os jornais.
O especialista também apontou o crescimento da força de trabalho do Estado, o que significa que a pressão fiscal sobre as contas do Estado reduz a possibilidade de investir em ciência, cultura ou bem-estar sustentável, bem como o início de um período eleitoral, o que para alguns é mais importante, disse ele.
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