De acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores, o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, fez essa declaração ao falar com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e descreveu o atual estágio dos laços bilaterais como crítico.
O chefe diplomático indicou que os laços mútuos enfrentam os maiores desafios de sua história, Washington tem muitas lições a aprender com essa situação e mudar de uma vez por todas suas percepções de Pequim.
Ratificou a posição de não ingerência na questão de Taiwan, denunciando os sinais que a Casa Branca envia às forças secessionistas de lá, as tentativas de minar a soberania e a integridade territorial e conter a China.
Wang enfatizou a disposição de reunificar pacificamente a ilha e implementar a política de Um País, Dois Sistemas, mas também deixou clara a determinação de responder com fortes contramedidas se Taipei continuar suas atividades de independência.
Ele reconheceu que, embora a China e os Estados Unidos sempre tenham tido interesses comuns e profundas diferenças, isso não impede a cooperação bilateral, nem deve se tornar motivo de confronto.
Por fim, defendeu que Washington mude sua política de assédio a Pequim, pare de se relacionar a partir de uma posição de força e pare de levantar barreiras ao seu desenvolvimento.
“É necessário criar o ambiente favorável para retomar as trocas normais entre os dois lados e orientar os laços no caminho saudável e estável”, acrescentou.
De acordo com a nota oficial, Blinken também se referiu ao “período difícil” nos laços bilaterais e aos interesses das duas potências em superá-lo de uma vez por todas.
Ele lembrou como no passado a China e os Estados Unidos conseguiram superar as discrepâncias e indicou que Washington deseja manter a comunicação para evitar mal-entendidos e encontrar uma solução satisfatória para ambos.
Os dois diplomatas também analisaram questões delicadas no cenário internacional e trocaram opiniões sobre o conflito Rússia-Ucrânia.
Além da reunião com Blinken, Wang Yi conversou com seus colegas da Indonésia, Tailândia, Austrália e Alemanha nas últimas horas.
O chanceler desenvolve uma ampla agenda como parte de sua estada na sede da ONU em Nova York para participar da 77ª sessão da Assembleia Geral, na qual intervirá neste sábado durante o segmento de alto nível.
Suas atividades incluem diálogos bilaterais, reuniões com seus pares do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o quarteto da Comunidade de Estados da América Latina e Caribe e a troika do Conselho de Cooperação do Golfo.
Da mesma forma, ele se reunirá com o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres; o presidente da Assembleia Geral, Csaba Korosi, e líderes de outras missões diplomáticas.
O conclave internacional abriu sua 77ª sessão na última terça-feira e o debate de alto nível durará de 20 a 26 deste mês.
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24-09-2022T05:07:50