A polêmica estourou nas redes sociais porque o parlamentar sugeriu usar o tempo dedicado a esse assunto para aumentar as aulas sobre a cultura tradicional do país e assim expor mais as crianças a esses elementos, aumentar o orgulho e a confiança nacional, justamente quando está em formação sua visão de mundo.
Dada a forte reação do público, o ministério especificou que as línguas estrangeiras têm um papel importante para cultivar a visão internacional e as habilidades de comunicação das novas gerações, embora seja vital educar sobre questões nacionais.
Sublinhou ainda a relevância das linguagens tanto no desenvolvimento moral, intelectual, físico e estético das crianças como na aquisição de mais cultura, qualidade de pensamento e perspetiva global.
Entre outras questões, ele esclareceu que o currículo na China destina entre seis e oito por cento das horas letivas para línguas estrangeiras, de 20 a 22% para chinês, 13 a 15% para matemática e 10 a 11% para educação física.
“O ensino da cultura tradicional chinesa não é contraditório com o atual esquema de ensino de idiomas”, acrescentou o ministério.
Da mesma forma, o especialista Chu Zhaohui disse ao jornal Global Times que o inglês continua sendo a língua mais universal e, portanto, os compatriotas precisam aprendê-lo bem para se desenvolver quando estão fora de suas fronteiras.
Ele alertou que a redução das aulas dessa língua afetaria apenas os menores nas áreas rurais, porque os pais nas cidades continuarão buscando formas de preparar seus filhos para que eles a dominem cada vez melhor.
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