Brasil, 26 set (Prensa Latina) pesquisas de opinião reforçam hoje cada vez mais que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o líder de extrema-direita Jair Bolsonaro serão os principais protagonistas do próximas eleições no Brasil.
Apesar de ameaças e até ataques a pesquisadores, institutos credenciados e consultores dedicados a pesquisas eletivas, suas estatísticas coincidem.
A legislação brasileira permite a circulação desse tipo de inquérito, mesmo em 2 de outubro, dia da votação histórica.
Por exemplo, os institutos Datafolha, Pesquisa Inteligência e Consultoria Estratégica (IPEC), Pesquisa Social, Política e Econômica (Ipespe) e Quaest convergem em seus resultados, projetando Lula com 44 a 47 por cento de intenção de voto, enquanto Bolsonaro varia de 31 a 35.
Diante dos dados irrefutáveis, os candidatos da chamada terceira via e os demais que, embora somem seus percentuais, não chegam nem perto dos dois favoritos.
Estudiosos explicam que essa terceira via, que busca romper a polarização, concilia posições econômicas tradicionalmente associadas à direita e à esquerda e adota políticas econômicas ortodoxas e sociais progressistas.
No entanto, esse caminho tão esperado não se concretizou nos últimos meses devido à diferenças visíveis entre os partidos e, por fim, o atraso na nomeação de um candidato de comum acordo.
Ele foi tentado pelo porta-estandarte daqueles monsergas eleitorais do questionado ex-juiz Sérgio Moro, mais tarde João Doria, ex-governador de São Paulo, e finalmente o ex-ministro Ciro Gomes e a senadora Simone Tebet.
Os dois primeiros desistiram da corrida pelo poder. Gomes, pretendente do Partido Democrático Trabalhista, oscila no pesquisas com favoritismo de cinco a sete por cento; Tebet, do Movimento Democrático Brasileiro, mal suspira com dois.
Analistas asseguram que um candidato de terceira via teve muito a ver com “ardor partidário” e não com o desejo majoritário do eleitor brasileiro, convencido de que apenas o extorno mecânico ou Os ex-militares são chamados para presidir este gigante sul-americano pelos próximos quatro anos.
Os mesmos comentadores asseguram que o candidato quase anulado e os seus apoiantes só se tornam importantes pelo seu voto útil.
Ou seja, aquele que agracia um eleitor, que não tinha determinado candidato como primeira opção, mas o favorece para encerrar a consulta sem a necessidade de um segundo turno.
Daí a insistência de campanhas de Lula, candidato pelo Partido dos Trabalhadores, e Bolsonaro, que quer ser reeleito pelo Partido Liberal, para atrair os votos dos indecisos ou daquelas pessoas que declararam sua preferência por outros porta-bandeiras.
Tudo com o objetivo marcado de “definir no primeiro turno” a vitória presidencial no urnas. Se nenhum candidato obtiver mais de 50% dos votos, haverá um segundo turno em 30 de outubro.
Para dispensar essa possibilidade, o ex-sindicalista convocou neste domingo em evento no Rio de Janeiro para “tentar convencer o maior número possível de pessoas a votar.
Ele insistiu que “temos que conversar com os milhões que estão indecisos e aqueles que planejam se abster”.
Anteriormente em uma rede social, Lula escreveu: “Não tenho vergonha de tentar ganhar no primeiro turno. Se quem tem cinco (da intenção de votar nas urnas) sonha em chegar a 40%, por que aquele que tem mais de 40 por cento você não pode sonhar em ter um pouco mais e vencer no primeiro turno?” ele perguntou.
Na mesma linha, Bolsonaro Ele repetiu novamente que vencerá no primeiro turno durante um discurso aos torcedores assim que chegou a Londres na manhã de 18 de setembro para assistir ao funeral da rainha Elizabeth II.
“Esse é o sentimento da grande maioria do povo brasileiro… Não há como não ganharmos no primeiro turno”, repetiu o ex-capitão do Exército, fortemente criticado por abuso de poder econômico e político, e por usar a posição de promover sua ação proselitista.
Mais de 156 milhões de eleitores estão aptos a votar no próximo domingo, quando os brasileiros começarão a eleger o próximo presidente da República, além de futuros governadores, senadores e deputados federais, estaduais e distritais.
Apenas sete dias antes das eleições e na reta final de uma campanha eleitoral convulsiva, o Brasil caminha para o poder autêntico: o voto.
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