23 de November de 2024
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Venezuela reiterou sua posição irrevogável em defesa de sua soberania

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Venezuela reiterou sua posição irrevogável em defesa de sua soberania

Caracas, 3 out (Prensa Latina) O Governo da Venezuela reiterou hoje sua posição irrevogável em defesa de sua soberania e integridade territorial, no 123º aniversário da Sentença Arbitral de Paris.

Diante desta “irritante e desastrosa sentença, reiteramos a posição irrevogável da Pátria Bolivariana, na justa defesa de sua soberania e integridade territorial. Nada nos separará desse caminho. O sol da Venezuela nasce no Essequibo!”, escreveu em sua conta o presidente Nicolás Maduro no Twitter.

Por meio dessa sentença de 3 de outubro de 1899, um tribunal arbitral decidiu a favor do Reino Unido conceder à Guiana Inglesa o território de Essequiba de 159.500 quilômetros quadrados, pertencente à Venezuela.

Os direitos históricos da República Bolivariana foram reconhecidos em 1966 após longas negociações quando o governo britânico assinou o Acordo de Genebra, o único instrumento legal com força total para a justa reivindicação sobre o território da Guayana Esequiba, segundo as autoridades venezuelanas.

Em comunicado no final de setembro, o governo da Venezuela rejeitou categoricamente as deturpações e manipulações da Guiana sobre a disputa territorial sobre o Essequibo, no discurso da 77ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas. O Ministério das Relações Exteriores do Poder Popular denunciou em comunicado que este discurso de 21 de setembro “desrespeita a posição histórica e justa” da República Bolivariana sobre a disputa territorial de “nossa Guayana Esequiba”.

Regido, explicou, pelo Acordo de Genebra assinado entre o Reino Unido, a Venezuela e a Guayana, com o objetivo de chegar a uma negociação amistosa sobre o “imensurável território terrestre tropical”.

A Guiana pretende implantar “um empório transnacional” que quer se apoderar das riquezas do mar, assim como “têm feito de forma abusiva” com as terras sujeitas à negociação amistosa por mandato legal do tratado, firmado para resolver a disputa territorial, ele indicou.

A Venezuela destacou que “as acusações persistentes e falsas” que a Guiana vem proferindo desde 2015 perante a Assembleia Geral das Nações Unidas, ano que coincide com o momento em que as transnacionais petrolíferas decidem invadir as águas não delimitadas, são “inaceitáveis”.

Ele lembrou que o Reino Unido apreendeu a Guayana Esequiba da República Bolivariana por meio de fraude em 1889, muitas décadas antes do nascimento da Guiana como estado independente.

O comunicado exigia que aquele país explicasse ao mundo que a Venezuela, por via diplomática, conseguiu que essa desapropriação territorial fosse reconhecida na ONU em 1962, dando vida em 1966 ao Acordo de Genebra.

O texto lamentava que a Guiana “estivesse forjando essa matriz interessada e publicitária” para facilitar a desapropriação da Venezuela do controverso território, quando a realidade é que o Acordo de Genebra ordenou que as Partes chegassem a um acordo “prático e mutuamente satisfatório”. jcm/jcd/ls

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