Rumen Radev não concorda com o texto integral da declaração adotada por alguns países do Leste Europeu sobre a adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), disse um comunicado transmitido pelo canal BTA.
A nota destaca que, embora a Bulgária tenha assinado uma declaração sobre a futura incorporação da Ucrânia na cúpula do bloco do Atlântico Norte, realizada em Bucareste em 2008, isso ocorreu em um ambiente de segurança completamente diferente.
Radev acredita que a decisão de integrar Kiev ao bloco militar deve ser tomada somente depois que Rússia e Ucrânia, como partes de um conflito em andamento, tenham elaborado, adotado e aplicado parâmetros claros para sua solução pacífica.
Os presidentes de nove países da Europa Central e do Leste Europeu publicaram uma declaração conjunta no 2 de outubro passado em que expressam seu “forte apoio à decisão da cúpula da OTAN em Bucareste” sobre a “futura admissão da Ucrânia”.
O documento foi assinado pelos líderes da República Tcheca, Eslováquia, Estônia, Letônia, Lituânia, Macedônia do Norte, Montenegro, Polônia e Romênia.
Para que a Ucrânia seja admitida na OTAN, é necessária a aprovação dos 30 países membros da Aliança Atlântica.
Em 30 de setembro, o chefe de Estado ucraniano, Vladimir Zelensky, anunciou que Kiev solicitaria a entrada acelerada na aliança.
No entanto, o Conselheiro de Segurança Nacional do Presidente dos Estados Unidos, Jake Sullivan, afirmou em resposta que o momento atual é inoportuno para iniciar tal procedimento.
Em 24 de fevereiro, a Rússia anunciou uma operação militar especial na Ucrânia em resposta a um pedido de ajuda dos líderes das repúblicas de Donbass.
Vários países ocidentais e seus aliados responderam impondo sanções maciças à Rússia e começaram a fornecer armas a Kiev.
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