Um porta-voz das empresas de tecnologia disse em declarações divulgadas na terça-feira pelo jornal Il Sole24Ore que o Conselho de Ministros aprovou uma medida que impedirá a inclusão do consórcio chinês nos planos anuais de contratos nesta nação pelas empresas Vodafone e TIM. Segundo a fonte, o acordo foi avaliado naquele órgão no final de setembro, após as eleições gerais neste país que marcaram a saída de Draghi nas próximas semanas e a instalação da ultranacionalista Giorgia Meloni como primeira-ministra.
O objetivo é conseguir uma saída gradual da Huawei de seus negócios com os dois principais operadores de telecomunicações da Itália, com base na limitação de supostos riscos potenciais de cibersegurança.
O decreto estipula que os operadores italianos devem conseguir “um reequilíbrio drástico do peso dos fornecedores não comunitários em benefício dos fornecedores europeus no componente de rádio da rede”.
Os proponentes de tais iniciativas neste país argumentam que isto impedirá a China de obter acesso à infraestrutura nacional estratégica, como as redes de quinta geração.
Na verdade, a TIM já iniciou um processo de desativação do equipamento Huawei e dará à Ericsson da Suécia uma participação de 70,0% e à Nokia da Finlândia uma participação de 30,0% em seu plano anual, disse a fonte.
Por sua vez, a Vodafone planeja substituir progressivamente o equipamento chinês já instalado pelo de empresas europeias no final de seu ciclo de vida, estimado em um máximo de seis anos, após o qual a empresa chinesa estará fora da rede.
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