O chefe da diplomacia angolana viajou como enviado especial do Presidente João Lourenço, na qualidade de chefe pro tempore da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, à qual ambos os Estados pertencem, confirmou quarta-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros (Mirex).
Na capital de Santo Tomé, António manteve ontem um encontro “cordial e agradável” com o presidente da Comissão Eleitoral do país, José Carlos Barreiro, centrado em questões relacionadas com o processo eleitoral em curso.
De acordo com os resultados finais ali anunciados pelo Tribunal Constitucional, a força da Ação Democrática Independente (ADI) venceu, por maioria absoluta, as eleições legislativas de 25 de setembro, informou o Mirex em nota à imprensa.
O partido ADI, liderado pelo ex-primeiro-ministro Patrice Trovoada, obteve 36.212 votos, o que corresponde a 30 deputados, acima dos 28 necessários para ter maioria absoluta na Assembleia Nacional (Parlamento), com um total de 55 lugares, fonte abundava.
Entretanto, o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/Partido Social Democrata (MLSTP/PSD), liderado pelo actual primeiro-ministro Jorge Lopes Bom Jesus, obteve 25.287 votos, equivalentes a 18 lugares no corpo legislativo. Devido ao exercício nas urnas, a terceira força política no parlamento são-tomense, com cinco deputados eleitos, é a coligação Movimento dos Cidadãos Independentes-Partido Socialista/Partido da Unidade Nacional (MCIS-PS/PUN).
Mais conhecido como ‘Movimento de Caué’ (distrito sulista da ilha de Santo Tomé), o grupo obteve 4.995 votos, enquanto o partido Basta obteve 6.788, para os quais terá dois deputados. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Téte António, conversou ainda com o presidente da Assembleia Nacional, Delfim Neves, na presença de outras altas personalidades do parlamento são-tomense e dos membros da delegação do Mirex que o acompanha.
Segundo a Chancelaria, a visita insere-se no quadro da “diplomacia preventiva” para conhecer o processo pós-eleitoral naquele país insular, situado no Golfo da Guiné, na costa equatorial ocidental da África Central. António e Neves abordaram ainda os laços históricos e de fraternidade que unem os dois países e povos, destacou Mirex.
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