A campanha de preenchimento das reservas para o inverno 2022-2023 terminou com um resultado superior a 99 por cento, especificou num contexto marcado pelo conflito na Ucrânia e o impacto sob a forma de uma crise energética real ou potencial nos países da União Europeia União das sanções ocidentais contra a Rússia, um fornecedor de energia de hidrocarbonetos.
Segundo o CRE, até esta quarta-feira, os fornecedores já acumulam cerca de 130 terawatt-hora de reservas de gás, um nível superior à média dos últimos anos.
Estes volumes representam cerca de dois terços do consumo de inverno das pequenas e médias empresas e particulares, salientou a autoridade administrativa independente.
A situação das reservas não isenta a França de preocupações energéticas para o próximo inverno, com base na existência de vários reatores nucleares fora de serviço devido à corrosão e preocupações com possíveis cortes de gás e eletricidade.
Neste contexto, o Governo tem vindo a apelar à sobriedade energética desde o verão, prevendo-se que nas próximas horas anuncie um plano de poupança.
Durante as semanas anteriores, já foram anunciadas medidas como o desligamento de propagandas de luz à noite e de luzes em monumentos emblemáticos de Paris, como a Torre Eiffel e a Pirâmide do Museu do Louvre.
De acordo com a primeira-ministra Elisabeth Borne e outros altos funcionários, o objetivo de economizar 10% do consumo atual de gás e eletricidade parece lógico, dada a situação desafiadora.
Outra linha de trabalho é a busca de fornecedores alternativos, tema abordado pelo presidente Emmanuel Macron no final de agosto durante sua visita à Argélia, uma usina a gás.
Num relatório hoje publicado, o canal de TV BFM reflete que França, Portugal e Bélgica têm as suas reservas de gás a cerca de cem por cento com os olhos postos no inverno, com vários membros da União Europeia acima dos 90, enquanto a pior situação é enfrentada pela Bulgária (76,8), Hungria (74,3) e Letônia (52,8).
oda/wmr / fav