De acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores, Shoukry fez essas declarações em Kinshasa, República Democrática do Congo, durante uma reunião preparatória para a 27ª sessão da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas, mais conhecida como COP27, que tem lugar terá lugar aqui em Novembro.
À margem desse encontro, o chefe da diplomacia egípcia também participou do Fórum dos Países Mais Afetados pelas Consequências das Mudanças Climáticas, presidido por Gana.
O ministro alertou que os países africanos estão entre os mais atingidos pelo flagelo, apesar de não serem responsáveis por ele, disse Ahmed Abu Zeid, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Shoukry defendeu a necessidade de reduzir as emissões de gases poluentes e aumentar a segurança alimentar e hídrica, bem como o uso de fontes de energia renováveis.
Nesse sentido, destacou que de 2010 a 2022, 172,3 milhões de africanos foram afetados pela seca e 43 milhões pelas inundações. O presidente egípcio, Abdel Fattah El Sisi, em várias ocasiões pediu aos países desenvolvidos que cumpram sua promessa de entregar 100 bilhões de dólares por ano às nações com menos recursos para combater as mudanças climáticas.
O custo para combater esse problema chegará a 800 bilhões de dólares por ano até 2025, razão pela qual as nações mais pobres precisam de apoio, destacou El Sisi há algumas semanas durante um painel no Fórum do Egito para Cooperação Internacional e Financiamento ao Desenvolvimento.
Shoukry também denunciou recentemente a “injustiça climática” sofrida por este continente.
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