É assim que o consideram 60% dos entrevistados da consultoria Percepción Ciudadana, cujos dados indicam que mais de 70% dos entrevistados consideram que o fato afeta a imagem do presidente. Outros dados da consultoria afirmam que 65% acreditam que outros funcionários estão envolvidos, o que representa outra má notícia para o governo, segundo analistas.
Este é o escândalo causado aqui após a prisão do chefe da segurança presidencial, acusado e em prisão preventiva por vários crimes.
Astesiano enfrenta uma investigação fiscal, até agora por conspiração para cometer um crime, tráfico de influência e assunção de estado civil.
O chefe de Estado uruguaio disse que de início não sabia que seu homem de confiança tinha um passado sombrio, mas depois se corrigiu quando se tornou público que Astesiano havia acumulado vinte inquéritos policiais.
Pouco depois, soube-se que o réu foi preso em 2013 após ser condenado por fraude continuada.
Várias investigações estão em andamento sobre o assunto; o primeiro a cargo da promotora Gabriela Fosseti, e outros do governo que procuram os envolvidos no Registro Civil, na Polícia Científica e até em consulados no exterior.
O caso já derrubou uma cabeça, a do diretor de Identificação Criminal, Gonzálo Velázquez, acusado de “corrigir” o arquivo de Astesiano.
Mas o promotor Fosseti disse antes que a investigação está atrasada, e é “dados antigos”, que prevê novos capítulos e acusados nesta trama.
A Frente Ampla (FA), principal coalizão de oposição, exigiu de sua bancada legislativa a interpelação do chefe do Interior, Luis Alberto Heber, que disse que Velázquez “mentiu” ao presidente.
Para o ex- presidente José Mujica (FA) trata-se de um “erro” do atual governo, o que diminui a credibilidade internacional do país.
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