Estamos totalmente convencidos de que vamos superar as dificuldades atuais, mobilizados junto com nosso povo para encontrar soluções, afirmou durante um encontro na embaixada com membros das missões do Estado na França, depois de completar uma extensa turnê pelos países asiáticos.
Marrero comentou que Cuba enfrenta desafios em um contexto particular, marcado por um bloqueio econômico, comercial e financeiro intensificado com 243 medidas do governo de Donald Trump, hostilidade mantida por seu sucessor na Casa Branca, Joseph Biden.
Nesse sentido, lembrou a ativação do Título III da Lei Helms-Burton, destinada a reforçar o impacto extraterritorial da cerca, e a inclusão da maior das Antilhas na lista unilateral de Washington de países patrocinadores do terrorismo, decisão que descrito como injusto e sem argumentos para justificá-lo.
O impacto econômico do bloqueio é muito grande, agravado pela pandemia de Covid-19, que exigiu recursos consideráveis para controlá-lo e a criação de suas próprias vacinas, e por eventos posteriores como o recente flagelo do furacão Ian na zona oeste, ele apontou.
Segundo o primeiro-ministro, as autoridades da ilha estão trabalhando para resolver desafios complexos, entre os quais citou a estabilização do sistema elétrico nacional, afetado pela falta de recursos e elevados custos dos combustíveis, desencadeados em consequência do atual cenário geopolítico global.
Ele também destacou como prioridades o aumento da produção de alimentos, a atenção aos bairros vulneráveis e a recuperação do turismo, com base em planos e ações concretas, que começam a dar frutos, apesar do alto desafio que representam.
Na esfera econômica, Marrero compartilhou as medidas adotadas para a incorporação de novos atores, micro, pequenas e médias empresas, por exemplo, e o aumento da contribuição do investimento estrangeiro para o desenvolvimento.
Não estamos de braços cruzados diante dos problemas, estamos trabalhando para ratificar o caminho escolhido pela Revolução com as mudanças que devem ser feitas, sem renunciar ao socialismo ou ao princípio de colocar o ser humano em primeiro lugar, afirmou.
O primeiro-ministro destacou o apoio do povo cubano e seu compromisso com a Revolução em meio aos desafios e guerras não convencionais que a ilha caribenha enfrenta, apoio demonstrado pela recente aprovação do novo Código da Família em um referendo popular. Marrero também reconheceu que Cuba não está sozinha em sua luta justa, pois tem solidariedade internacional, realidade que confirmou em sua turnê asiática, que incluiu a participação no funeral do ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe e visitas oficiais ao Vietnã, Laos e Camboja.
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