Segundo o Ministro de Negócios e Energia, Jacob Rees-Mogg, na abertura da rodada de negociações, a concessão das 100 novas licenças para operar em 898 blocos sustentará tanto a segurança energética quanto a economia do país.
Garantir nossa independência energética significa explorar todo o potencial de nossos recursos do Mar do Norte para aumentar a produção interna, disse ele, observando que a produção de gás no Reino Unido deixa uma pegada de carbono menor do que a importação de gás do exterior.
A Autoridade Transitória do Mar do Norte anunciou que o processo de licitação para áreas próximas a poços existentes será acelerado, com o objetivo de reduzir o tempo entre a exploração e o início da produção.
A concessão de novas licenças de petróleo desafia, entretanto, as advertências de órgãos globais como o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas e a Agência Internacional de Energia de que a implementação de novos projetos petrolíferos é incompatível com os esforços para conter o aquecimento global.
A filial britânica da organização ambiental Greenpeace anunciou que buscará um processo judicial para tentar impedir a abertura de novos campos de petróleo e gás no Mar do Norte.
A política energética deste governo só beneficia as empresas de combustíveis fósseis, e mais ninguém, disse Philip Evans do Greenpeace UK.
O ativista também considerou que as novas propostas não ajudarão a reduzir as contas de eletricidade e gás das famílias que lutam para pagar a eletricidade e o gás neste inverno, nem fornecerão segurança energética a médio prazo.
Novas licenças e, sobretudo, mais combustíveis fósseis, não resolverão nenhum desses problemas, mas agravarão a crise climática, observou Evans.
O Reino Unido se comprometeu no ano passado a alcançar neutralidade de carbono até 2050 como parte de seus compromissos para deter a mudança climática, mas o governo disse no final de setembro que irá rever esses planos, com o objetivo de garantir também o crescimento econômico e a segurança energética.
rgh/nm/bm