“Deixe Cuba viver, este país tem o direito de viver sem bloqueios”, disse a escritora, jornalista e professora universitária à Prensa Latina ao se referir à sua experiência durante um mês na ilha.
Muitas vezes nos Estados Unidos exigimos o fim do bloqueio, mas talvez ainda precisemos saber mais sobre o real impacto que isso tem na vida dos cubanos, em seu cotidiano.
Enfrentam a escassez de alimentos, remédios e outras necessidades e o espírito de resistência e resiliência do povo é admirável, enfatizou.
Mealy, que visita Cuba há mais de 40 anos, afirmou que está chegando à maior das Antilhas em nome de milhares de pessoas que se opõem a essa política, estendida ao longo do tempo por mais de seis décadas, em território norte-americano.
Volto sempre – acrescentou – porque também sou uma mulher negra e me sinto livre, sem o medo de que a polícia me mate ou me ataque por causa da cor da minha pele como costuma acontecer nos Estados Unidos.
Acredito no socialismo e sempre defendi a Revolução Cubana, disse Mealy, condecorado em 2011 com a medalha da Amizade concedida pelo Conselho de Estado da República de Cuba por proposta do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP).
Nesta ocasião, a visita foi para dar um seminário na Universidade de Havana sobre a validade do pensamento do líder cubano Fidel Castro e do afro-americano Malcom X, convidado pela Faculdade de Línguas Estrangeiras.
Autora do livro Fidel e Malcolm X, memórias de um encontro, Mealy comentou que muitas vezes veio à ilha depois daquela primeira viagem em 1972 com o quinto contingente da Brigada Venceremos.
Atualmente membro da Fundação Inter-religiosa da Organização Comunitária IFCO-Pastores para a Paz, ele antecipou que as atividades de apoio a Cuba estão sendo preparadas em Nova York antes da apresentação na Assembleia Geral da ONU do projeto de resolução pedindo o fim do bloqueio.
Pela trigésima vez, nos dias 2 e 3 de novembro, será discutido ali o texto, que em todos esses anos recebeu o apoio majoritário da comunidade internacional.
Só nos primeiros 14 meses do governo Joe Biden, os prejuízos causados pelo bloqueio econômico, financeiro e comercial dos Estados Unidos somaram 6.364 milhões de dólares, segundo dados oficiais.
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