Filippo Mannino, autarca daquele arquipélago, disse em declarações divulgadas esta sexta-feira na página digital do jornal Corriere della Sera que a situação “é um inferno”, acrescentando que “a Europa deve fazer algo imediatamente” para evitar que mais pessoas percam a vida.
“Só sou prefeito há 100 dias e já contei cinco mortes”, disse Mannino ao saber desta nova tragédia naquele navio, que transportava 37 pessoas para a ilha de Lampedusa.
Salvatore Vella, o promotor responsável por este caso, especificou que “há duas crianças muito pequenas que morreram e várias ficaram feridas” e acrescentou que as pessoas a bordo foram evacuadas, enquanto “o pequeno barco à deriva”. Um porta-voz das forças de resgate indicou que alguns feridos foram levados de helicóptero para um hospital na cidade de Palermo, na ilha da Sicília, e acrescentou que as causas da tragédia estão sendo investigadas, embora tudo indique que um cilindro de gás explodiu ou um tanque de combustível.
Por outro lado, soube-se que outros 293 migrantes foram resgatados pelo navio de resgate Geo Barents, da organização humanitária Médicos Sem Fronteiras, que desembarcará no porto siciliano de Taranto nas próximas horas.
De acordo com os últimos relatórios divulgados pelo Ministério do Interior deste país, nos primeiros dez meses de 2022, cerca de 75.000 migrantes chegaram à costa italiana, cerca de 27.000 a mais do que no mesmo período do ano passado.
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