Os confrontos ocorreram no pior momento para o governo militar do coronel Mamady Doumbuya, que recebeu a visita de uma delegação da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) com a qual está negociando o relaxamento das sanções daquele bloco que pesam sobre este País.
No momento não há número oficial de mortos ou feridos na luta de rua, mas fontes da Frente de Defesa da Constituição (FDC), promotora do protesto, garantem que cinco manifestantes foram feridos por tiros, um deles em estado crítico.
Cedeão, apoiado pela União Africana e pela União Européia, impôs sanções econômicas e políticas à junta militar após a derrubada em setembro de 2021 do presidente octogenário Alpha Condé. Desde então, o governo chefiado pelo coronel Doumbuya e o grupo regional estão em desacordo sobre vários pomos da discórdia, sendo o principal deles o mandato de três anos estabelecido pelos militares para convocar eleições gerais.
Os confrontos desta quinta-feira são o prelúdio de tumultos maior se a FDC, coalizão de partidos políticos, sindicatos e organizações sociais, conseguir organizar a mobilização para novos protestos no dia 26.
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