Washington, 22 out (Prensa Latina) A diminuição das chances de vitória dos democratas nas próximas eleições de meio de mandato e nos índices de popularidade do presidente Joe Biden marcam a semana que termina hoje para os Estados Unidos.
Faltando poucos dias para as eleições de 8 de novembro, que vão redefinir o controle do Senado e da Câmara dos Deputados, pesquisas e sites especializados mostram o blues em parafuso.
O blog especializado em análise política FiveThirtyEight aponta como nos últimos dias a aprovação do presidente democrata passou de quase 43% para 41,5.
Por sua vez, o site, que recentemente previa por meio de modelos de simulação cerca de 63% de chance de manter a câmara alta da legislatura identificada à força com burros, caiu para 56.
As pesquisas também preveem perdas para os democratas e ganhos para os republicanos na Câmara dos Deputados, além de mostrar um ressurgimento das fileiras conservadoras nas principais disputas do Senado.
A estratégia de Biden tentará manter o direito ao aborto no centro das atenções dos americanos, questão que pode definir após a decisão da Suprema Corte em junho passado de anular a decisão conhecida como Roe v. Wade, que permitia a interrupção voluntária da gravidez.
A tendência histórica é que as eleições de meio de mandato costumam ser uma espécie de referendo para a força política do presidente no poder, neste caso o democrata Biden, cujo partido costuma perder cadeiras nas duas câmaras.
Em declarações à Prensa Latina, o especialista do Centro Cubano de Pesquisas Políticas Internacionais Carlos Ciaño Zanetti, destacou que nos últimos 40 anos a média de assentos perdidos na Câmara dos Deputados é de cerca de 29 assentos, enquanto no Senado é de 3,75.
Uma pesquisa do Pew Research Center descobriu que, para 79% dos eleitores, a questão da economia será muito importante para sua decisão de voto, a maior porcentagem entre as 18 questões incluídas na pesquisa.
Quase dois milhões e 500 mil americanos já votaram antecipadamente nas eleições de meio de mandato, número semelhante ao registrado nesta mesma fase de 2018, especificou o canal CNN.
Em Michigan, por exemplo, os eleitores enviaram mais de 370.000 cédulas, enquanto na Pensilvânia e Wisconsin foram contados cerca de 237.000 e 160.000, respectivamente.
Além desses estados tradicionalmente oscilantes, mais de 131.000 eleitores participaram do primeiro dia de votação antecipada na última segunda-feira na Geórgia, um recorde de meio de mandato que quase dobrou os quase 71.000 motivados na mesma data há quatro anos.
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