O funcionário confirmou que na véspera se reuniu pela primeira vez durante quatro horas com os familiares das vítimas, aos quais garantiu que não haverá proteção para ninguém, porque o presidente Andrés Manuel López Obrador a ordenou, e que não haverá impunidade.
Insistiu que continuará a trabalhar nas mesmas linhas de investigação com responsabilidade, honestidade, lealdade e com todos os princípios da lei, independentemente de quem seja, pois não haverá impunidade zero.
Gómez Piedra negou que os problemas de saúde do ex-procurador Jesús Murillo Karam, um dos mais implicados no caso Ayotzinapa, estivessem interferindo nas investigações.
Também deixou claro que as conversações diplomáticas continuam com Israel para extraditar Tomás Zerón, ex-chefe da Agência de Investigação Criminal sob o governo do ex-presidente Enrique Peña Nieto, e o subordinado de Murillo, sobre quem há provas de tortura e fabricação de mentiras para encerrar o caso.
O promotor explicou que o processo de extradição de Zerón poderia ser longo porque Israel tem um sistema chamado Common Law, enquanto o México trabalha com um sistema diferente que eles não entendem, e temos que explicar o procedimento passo a passo, de modo que ainda não há tempo estimado para conseguir a reivindicação.
Anteriormente, o Vice Ministro do Interior Alejandro Encinas, que preside a comissão de investigação, abriu a possibilidade de mais mandados de prisão para supostos perpetradores à medida que as investigações avançam.
Encinas assegura que não se sente pressionado pelo Ministério da Defesa ou pela Procuradoria Geral da República, pois entre os implicados estão membros das forças armadas que estavam ativos na época no município de Iguala, onde ocorreu o massacre.
mem/lma/bm