A Comissão Nacional para a Reforma e Desenvolvimento, órgão máximo de planejamento, explicou que o catálogo entrará em vigor em 1º de janeiro e conta com 1.474 itens, depois de acrescentar 239 novos e revisar 167 de sua versão anterior.
O foco será aumentar os fluxos de capital estrangeiro nas indústrias manufatureiras, de alta tecnologia e nas regiões centro e oeste do país.
A Comissão ampliou o catálogo dois dias depois de anunciar 15 medidas destinadas a ampliar, acelerar e facilitar projetos com investimento estrangeiro.
Entre as iniciativas desenhadas está a criação de equipes para supervisionar a rápida implementação dos planos firmados com empresas estrangeiras e garantir-lhes a troca de negócios, o fornecimento de terrenos e os canais comerciais adequados.
Daqui para frente, o país buscará aumentar a presença de multinacionais em setores como medicina, semicondutores e indústria química, além de priorizar a fabricação de equipamentos, componentes e peças de alta tecnologia. Da mesma forma, a China ajustará o mecanismo de saúde para desbloquear as viagens de executivos, gerentes e funcionários-chave com suas famílias.
Com este plano, o gigante asiático dá maior importância ao papel do capital estrangeiro em seus esforços para neutralizar o impacto da complexa situação econômica mundial.
Dados recentes revelaram que de janeiro a setembro passado, os investimentos de outros países aqui contribuíram com 26,7% do crescimento nacional.
No entanto, a Comissão reconheceu que essas operações enfrentam alta pressão “devido aos surtos de Covid-19 e aos altos e baixos da situação política e econômica no mundo”.
Seu vice-diretor Zhao Chenxin prometeu mais promoção e melhores serviços para essas atividades, além de alavancar sua influência positiva no caminho do desenvolvimento de alto padrão e na implementação da fórmula de “dupla circulação”, que dá mais peso aos negócios domésticos.
Mas lamentou o mal-entendido sobre a China, acusada de fechar suas portas e afugentar pessoal estrangeiro porque mantém fortes medidas de controle contra a Covid-19 e optou por apoiar sua economia em “dupla circulação”.
“Fomentar um novo padrão de desenvolvimento é importante para a China alcançar maior qualidade e um progresso muito mais eficiente, justo, sustentável e seguro”, disse o funcionário em entrevista coletiva.
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