Esse órgão ad hoc não será composto por representantes do Congresso, da Suprema Corte ou do Tribunal Constitucional, disse o presidente do Senado, Álvaro Elizalde.
A coalizão do governo Aprovar Dignidade defendeu um árbitro jurisdicional como a Suprema Corte para supervisionar o processo, enquanto a oposição de direita favoreceu o parlamento, mas ambos os blocos desistiram de suas posições para chegar a um consenso.
O espírito desta mesa de negociação política deve ser que todas as partes cedam para buscar um acordo o mais transversal possível, disse o chefe da Revolução Democrática, senador Juan Ignacio Latorre, do bloco governista.
Na próxima semana serão recebidas propostas sobre a composição da comissão especial, bem como a forma de sua nomeação.
As negociações entre os partidos representados no Congresso para avançar em direção a uma nova constituição começaram após o plebiscito de 4 de setembro, quando uma proposta de Carta Magna elaborada por uma convenção conjunta foi rejeitada por 62% dos votos.
Mas o processo caminha lentamente e ainda não foi definido o órgão encarregado de redigir o texto da nova lei fundamental que substitui a vigente desde a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).
As bancadas de esquerda da coalizão Governamental e da Democracia Cristã defendem um órgão 100% eleito, com 134 deputados, com cadeiras reservadas aos povos indígenas e participação de independentes, e com prazo de funcionamento de seis meses.
Do lado oposto, a aliança de direita Chile Vamos propõe um corpo misto com a participação de especialistas que não ultrapassa 50 membros.
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