O jornalista e escritor Orlando Pérez expressou que a obra cinematográfica é um reencontro com sensações e sentimentos sobre o ocorrido e é um alerta de que a perseguição não terminou.
Dirigido por Carlos Enríquez Borges e produzido pelo canal público Capital 21, do governo da Cidade do México, o filme teve sua estreia mundial na capital asteca com a presença de seus protagonistas e depois ganhou a luz em Buenos Aires, Argentina.
Em um vídeo gravado especialmente para a exposição em Quito, o diretor disse que levou dois anos para criar esta obra dedicada à traição, perseguição e exílio de seus protagonistas, incluindo o ex-presidente Rafael Correa.
Há os depoimentos de ex-funcionários e políticos, como Gabriela Rivadeneira, ex-presidente da Assembleia Nacional; Galo Mora, que era secretário pessoal de Correa; e Ricardo Patiño, que foi ministro das Relações Exteriores e ministro da Defesa.
Também estão incluídas entrevistas com Soledad Buendía, que trabalhou como membro da assembleia; Edwin Jarrín, ex-chefe do Gabinete Presidencial; Viviana Bonilla, ex-primeira vice-presidente da legislatura; e Fernando Alvarado, ex-secretário de Comunicação.
O audiovisual é dividido em quatro momentos: a traição e como Moreno persegue seus companheiros; as conquistas da Revolução Cidadã em economia, educação, segurança; a fuga para o exílio; e um agradecimento ao governo do México, onde a maioria deles são requerentes de asilo.
Apesar de todos os altos e baixos, Ele partiu para voltar constitui uma ode à esperança de seu próprio título, que é uma expressão típica do altiplano equatoriano que, paradoxalmente, significa um retorno breve, ou seja, que não partiu para sempre.
Durante a apresentação desta sexta-feira, a deputada da Revolução Cidadã Gisela Garzón destacou a importância de ter uma mídia pública capaz de expor verdades como as histórias que aparecem nesse documentário.
Segundo Garzón, a peça audiovisual estará disponível nas redes sociais, chegará a outras províncias do país e será exibida nos cinemas de bairro para que os equatorianos conheçam a história recente de sua nação e como a mídia e o sistema judiciário participaram o cerco do movimento político.
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