O presidente também anunciou que os líderes do bando Chone Killers, que promoviam a resistência armada contra o pessoal da Polícia Nacional na Penitenciária do Litoral em Guayaquil, foram transferidos para outro centro de detenção.
Nesta quinta-feira dentro daquele presídio, o maior do país, houve fortes confrontos com detonações e um tiroteio que foi sentido do lado de fora, segundo vídeos que circulam nas redes sociais.
Como resultado da operação para retomar o controle da penitenciária, uma dezena de soldados ficou ferida, disse Guillermo Rodrígues, diretor do Serviço Nacional de Atenção Integral às Pessoas Privadas de Liberdade (SNAI).
O presidente Lasso chegou a divulgar um conjunto de imagens dos presos subjugados nos pátios do pavilhão conflitante para indicar que a situação estava sob controle.
Segundo o governo, os violentos ataques que começaram na madrugada da última terça-feira se devem ao protesto de narcotraficantes e à transferência de vários presos para outras instituições.
Apesar do estado de emergência decretado desde terça-feira em Guayas e Esmeraldas, os ataques continuam e nesta quinta-feira houve ataques com explosivos nas províncias de Santo Domingo de los Tsáchilas e também no município de Durán, onde prevalece a situação excepcional.
Em meio ao caos nas redes sociais, inúmeras mensagens circulam pedindo a renúncia do presidente e descrevendo o Equador como um Estado falido.
Da mesma forma, reaparece o espectro da chamada morte cruzada, mecanismo constitucional através do qual a Assembleia Nacional (parlamento) poderia convocar uma sessão extraordinária em caso de comoção interna para destituir o presidente e convocar eleições.
Movimentos políticos, assim como organizações indígenas e de direitos humanos, questionaram a atuação do governo diante da onda de violência que coloca toda a nação em perigo.
Especialistas no assunto alegam que o aumento da criminalidade se deve, entre outros fatores, ao baixo investimento público e social do atual governo, o que contribui para o aumento da pobreza e do desemprego, e, portanto, a resposta ao problema não é deve ser apenas militar, mas integral.
rgh/avr/hb