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Meio ambiente, outra vítima das guerras

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Meio ambiente, outra vítima das guerras

Nações Unidas, 7 nov (Prensa Latina) Em 2001, a ONU proclamou o Dia Internacional para a Prevenção da Exploração do Meio Ambiente Ambiente na guerra e no conflito armado, que hoje é comemorado para proteger a natureza nessas situações.

Nas batalhas sempre matam e ferem muitas pessoas, cidades inteiras são destruídas e meios de subsistência e meios de subsistência são perdidos, mas, além disso, é o meio ambiente a vítima cada vez mais silencioso.

Florestas são queimadas, aquíferos são poluídos ou destruídos, solos são envenenados e animais são sacrificados, e tudo isso, sem levar em conta contagem final de danos de guerra.

A ONU Meio Ambiente tem como um de seus objetivos trabalhar para evitar agressão ambiental em situações de conflito e também para garantir meios de subsistência e recursos naturais, justamente para evitar incêndios, tarefa árdua e difícil enquadrada na Agenda 2030.

Muitas vezes é a própria exploração da natureza que é a causa de um conflito armado e, em De fato, nos últimos 60 anos, quase metade dos conflitos internos foram relacionados à exploração de algum recurso natural, seja por seu valor (minerais e petróleo) ou por sua escassez (água ou terra).

Esses dados da ONU corroboram que quando o meio ambiente é atacado, está em jogo não apenas a sobrevivência do homem, mas de muitas espécies, como comprovam décadas de disputas que causaram a perda de ecossistemas e recursos muito valiosos.

No Afeganistão, nos últimos anos, a taxa de desmatamento subiu para 95%, enquanto em 2017 esse país incendiou poços de petróleo e uma fábrica de enxofre, causando fumaça tóxica perto da cidade iraquiana de Mossul, envenenando as pessoas e o meio ambiente.

Também na Colômbia, na República Democrática do Congo (RDC) e no Sudão do Sul, grupos rebeldes instalados em pontos importantes para a biodiversidade realizaram extração ilegal de madeira, caça furtiva em massa e criação de espécies invasoras.

As populações de elefantes foram dizimadas na RDC e na República Centro-Africana, enquanto a Faixa de Gaza, Iêmen e outros lugares danificaram suas infraestruturas de água, como poços subterrâneos, estações de tratamento de esgoto, estações de bombeamento ou usinas de dessalinização.

Há décadas de confrontos no mundo, o que levou à perda de ecossistemas e recursos naturais, com altas taxas de desmatamento, queimadas, extração ilegal de madeira, caça furtiva, criação de espécies invasoras e danos à infraestrutura hídrica, para citar alguns exemplos.

Em um relatório recente o World Wide Fund for Nature especificou que na Ucrânia a 20% de reservas naturais e três milhões de hectares de florestas são afetados pela conflito, além disso 16 sítios Ramsar (zonas húmidas designadas de importância internacional) com uma área de quase 600 mil estão sob ameaça de destruição.

Esses números podem aumentar porque em alguns territórios a as hostilidades continuam e o restante está sob ocupação ou ainda não foi desminado, enfatizou a agência.

Embora os estados afetados por conflitos sejam menos propensos do que outros a alcançar metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, entre agora e 2030, e mais de 80%. As populações mais pobres do mundo podem estar concentradas em países danificados pela instabilidade, conflito e violência.

mgt/crc/ls

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