“Acredito que a América Latina tem que se unir com uma só voz e uma das questões consensuais que poderia nos unificar, mesmo com a África, com parte da Ásia, é a troca da dívida por ação climática, por políticas de adaptação e mitigação financiadas. próprios orçamentos, se liberarmos espaços que hoje são dedicados ao pagamento da dívida”, expressou no Diálogo Regional de Alto Nível, Amazônia como Pilar do Equilíbrio.
Organizado pela Colômbia no contexto da 27ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP27), o chefe de Estado insistiu que é hora dos Estados Unidos, principal poluidor de CO2, e América do Sul, detentor de uma das principais esponjas de CO2, converse, concorde, construa um caminho conjunto para a proteção da floresta amazônica.
Petro considerou que a entrada do Brasil nesse acordo é fundamental e absolutamente estratégica, por isso aguarda uma reunião com o presidente eleito daquele país, Luiz Inácio Lula da Silva.
Também expressou seu desejo de que os presidentes do Peru, Pedro Castillo; da Bolívia, Luis Arce, e do Equador, Guillermo Lasso, também se unem à iniciativa para que esse esforço se torne uma das grandes bandeiras climáticas da humanidade.
O Diálogo Regional de Alto Nível, Amazônia como Pilar do Equilíbrio, contou com a participação dos governantes Nicolás Maduro, da Venezuela, e Chan Santokhi, do Suriname.
Na opinião de Petro, “a unificação dos grandes blocos mundiais pode permitir transformar a inércia em torno das alterações climáticas” e sublinhou ainda que, na união destes grandes blocos, “o Fundo Monetário Internacional tem aí um papel a desempenhar, liderado pelos grandes países desenvolvidos do mundo
“Não precisamos de dinheiro dos orçamentos dos países ricos; O que precisamos é que muitos países pobres, todos países em desenvolvimento, se libertem do pagamento da dívida, para que o dinheiro que hoje vai para o setor financeiro vá para a ação climática”, enfatizou
Esse objetivo exige uma reunião em nível de presidentes que deve fortalecer as instituições criadas e propor um diálogo global em torno da floresta amazônica, a fim de financiar um fundo para sua revitalização, com o orçamento de cada país e a contribuição de empresas privadas.
mv/otf/ls