Em 2020, o sindicato apoiou um plano de emergência da multinacional que incluía a redução de seus salários em 30% e a demissão de 240 funcionários.
Depois de considerar que existem condições para retomar a remuneração em vigor antes da Covid-19, os pilotos iniciaram as negociações com a empresa em setembro.
Mas, de acordo com o presidente do sindicato, Mario Troncoso, até agora não houve avanços significativos nas negociações realizadas sob a supervisão da Diretoria do Trabalho.
De acordo com Troncoso, todos os níveis da empresa, incluindo executivos seniores, recuperaram seu salário antes de 2020, exceto os pilotos.
Nessas circunstâncias, o sindicato não estenderá o diálogo por mais cinco dias e a greve começará na quinta-feira, caso não haja um acordo prévio.
A Latam Airlines é uma empresa chilena formada pela fusão das companhias aéreas sul-americanas LAN, TAM e suas subsidiárias e opera voos para 136 destinos na América, Caribe, Europa, África, Ásia, Oriente Médio e Oceania.
Na semana passada, a empresa informou ter concluído o processo de falência iniciado em maio de 2020, quando suas operações financeiras foram reduzidas em até 95% após a paralisação dos voos devido à pandemia de Covid-19.
“Estamos satisfeitos porque concluímos uma transformação significativa e saímos de nosso processo de reestruturação com uma posição financeira fortalecida e um compromisso renovado com a excelência operacional”, disse Roberto Alvo, CEO da Latam Airlines Group.
A empresa alegou ter mais de 2,2 bilhões de dólares de liquidez e cerca de 3,6 bilhões a menos de dívida em seu balanço.
Apesar desses avanços, a empresa se recusa a harmonizar os salários de seus pilotos com relação aos patamares que existiam antes da pandemia.
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