Cerca de 2.500 representantes da agência ambiental das Nações Unidas, organizações internacionais e organizações não-governamentais debaterão propostas para incluí-las nos diversos apêndices que oferecem proteção a espécies ameaçadas de extinção em todo o mundo.

Conforme explicou a Secretária-Geral da Cites, a panamenha Ivonne Higuero, este é o encontro mundial mais importante sobre a proteção da fauna e flora selvagens, e esta edição acontecerá em tempos de crise planetária, problemas de poluição, mudanças climáticas e perda de biodiversidade .

Os perigos e ameaças à fauna e flora selvagens incluem, entre outros, a sobre exploração dos mares que afetam diferentes espécimes marinhos, a derrubada de espécies preciosas como o Palo de Rosa nas florestas e a exploração do habitat de plantas e animais. transformá-lo em gado, serão alguns dos problemas.

Somam-se a esses problemas outros como as mudanças climáticas, com enchentes e secas em muitas partes do mundo, além daqueles que ocorrem nas fronteiras com o crime organizado e o comércio ilegal de espécies, que “é o quarto do mundo depois de armas, drogas e tráfico de pessoas”, acrescentou Higuero.

Há também o problema da corrupção com um papel importante no comércio ilegal de espécies e no dinheiro que circula além-fronteiras, disse.

Higuero anunciou que serão discutidas decisões na COP19 para fortalecer o trabalho conjunto contra esse flagelo em nível nacional, com treinamento em atividades policiais e alfandegárias para detectar se alguém traz um carregamento ilegal.

Os delegados do fórum avaliarão cerca de 52 propostas dos Estados para alterar os Anexos I e II da Convenção, sobre regras comerciais para tubarões, répteis, tartarugas e outras espécies selvagens ameaçadas ou que são fonte de riscos à saúde.

Eles também farão um balanço do combate à fraude e votarão novas resoluções, inclusive sobre os riscos de zoonoses (doenças transmitidas de animais para humanos), questão que ganhou maior importância com a pandemia de Covid-19.

A Convenção entrou em vigor em 1975 e estabeleceu regras de comércio internacional para mais de 36.000 espécies selvagens, desde a concessão de licenças até a proibição total.

Organizada a cada dois ou três anos, esta sessão acontecerá no Panamá em meio a duas conferências da ONU, também cruciais: a COP27 sobre mudanças climáticas em Sharm El Sheikh (Egito), que acontece de 6 a 18 de novembro; e a COP15 sobre biodiversidade, a ser realizada em dezembro em Montreal (Canadá), indica o texto oficial.

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