Por iniciativa do Ministério do Meio Ambiente e Energia (Minae) do país vizinho, espera-se que este espécime seja incluído no Anexo II da Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens (Cites).
Os sapos de vidro estão em alta demanda no mercado internacional de animais de estimação devido à sua pele transparente e tamanho minúsculo, disseram eles.
Essas características fazem com que essas espécies sejam cobiçadas por colecionadores particulares, vendedores e criadores em todo o mundo.
Quase 50 por cento dos diversos espécimes de sapos de vidro avaliados pela Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza estão em perigo de extinção, disseram especialistas.
Segundo estudos, essas espécies são mais afetadas pela perda de habitat, mudanças climáticas, doenças emergentes e o comércio de animais exóticos.
A bióloga costarriquenha Shirlely Mendoza, de Minae, admitiu à imprensa que estava muito preocupada com o tráfico global, principalmente na Europa, com um sério problema com a venda de nossa espécie no mercado.
Constatou-se que os preços destas rãs de vidro variam consoante a espécie, quanto mais endêmicas ou raras mais caras, há mesmo dados de que um único exemplar destas espécies pode ser vendido por cerca de 950 euros (984 dólares).
Por sua vez, a vice-ministra panamenha do Meio Ambiente, Diana Laguna, afirmou que como país há um compromisso com esta proposta devido ao perigo crítico de extinção que os anfíbios estão no mundo.
A COP19, até 25 de novembro no Centro de Convenções do Amador, nesta capital, insiste em mensagens claras sobre a atual crise planetária em decorrência das mudanças climáticas, poluição e perda de biodiversidade.
Os delegados do fórum debatem cerca de 52 propostas dos Estados para alterar os Anexos I e II da Convenção, sobre regras comerciais para tubarões, répteis, tartarugas e outras espécies selvagens ameaçadas ou que são fonte de riscos à saúde.
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