Acusações de corrupção administrativa pesam sobre o ex-presidente, inclusive acumulando uma fortuna de milhões de dólares com a venda de passaportes comorianos a residentes em países que fazem fronteira com o Golfo Pérsico.
Abdallah Sambi, cujo mandato durou de 2006 a 2011, recusou-se a comparecer às sessões de julgamento por considerar que não seria justo e pediu a recusa do presidente do tribunal por fazer parte do painel de juristas que decidiu processá-lo.
Na apresentação das acusações, o procurador disse que o ex-presidente “traiu a missão que lhe foi confiada pelos comorianos”; um dos procuradores do Ministério Público afirmou que “vendeu passaportes como se fossem amendoins”, segundo relatos da audiência.
A defesa do réu alega que não há provas da fortuna mencionada pela acusação, uma vez que não foram encontradas contas bancárias em seu nome.
As deliberações do tribunal começaram nesta quinta-feira, que deve apresentar a sentença no dia 29.
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