Por Joel Michel Varona
Redação Científica e Tecnológica
Esta disciplina centra-se no estudo dos processos psicológicos e comportamentais relacionados com a doença, ao mesmo tempo que se interessa em compreender como os fatores psicológicos, comportamentais e culturais contribuem para a saúde física e mental.
Os psicólogos entendem a saúde como produto não apenas de processos biológicos, por exemplo, vírus e tumores, entre outros; também trabalham temas relacionados ao pensamento, crenças, comportamentos e processos sociais.
O hotel Tryp Habana Libre localizado em Havana, capital de Cuba, sediou a IX Conferência Internacional de Psicologia da Saúde, onde vários temas foram analisados por delegados nacionais e estrangeiros, incluindo bem-estar humano, qualidade de vida, violência, doenças degenerativas, sexualidade, transtornos aditivos e religiosidade.
Também foram abordadas terapias alternativas, neurociências, estresse, psico-oncologia, psicocardiologia, deficiências, psicanálise, esportes, emergências e desastres.
Falando no evento, o vice-ministro de Saúde Pública Reynol García destacou que a Psicologia da Saúde em Cuba tem a característica de se desenvolver em um sistema de saúde acessível e gratuito, com participação comunitária e intersetorial e uma ampla concepção humanista.
Atualmente, cerca de três mil psicólogos atuam em centros assistenciais em todos os níveis, promovendo o bem-estar, modificando estilos de vida que se tornam fatores de risco para funções de ensino, assistência, pesquisa e assessoria.
Especialistas cubanos promovem a esperança e previnem a deficiência em pacientes crônicos, disse García, que destacou o valor demonstrado pelos especialistas em eventos ocorridos no país caribenho.
Devemos agradecê-lo pelo papel que desempenhou durante a pandemia de Covid-19, no acidente ocorrido no hotel Saratoga, no grande incêndio na base do superpetroleiro na província ocidental de Matanzas e no trabalho no território de Pinar del Río após a passagem do furacão Ian, destacou García.
Talvez como nunca antes, a oportunidade de contar com recursos humanos especializados e treinados para lidar com situações de emergência e desastres tenha sido posta à prova, destacou o vice-diretor.
O doutor em Ciências Jorge Grau explicou ainda que os psicólogos da Saúde trabalharam muito na pandemia de Covid-19, pois trouxe transtornos de adaptação que precisavam ser enfrentados, além das tensões desencadeadas nos indivíduos ao inserir categorias como suspeito, doente, contato ou ser um profissional de saúde.
Durante a pandemia, era necessário trabalhar a nível pessoal, familiar, comunitário e institucional, além disso, o confinamento e o distanciamento físico mereciam um apoio bem coordenado, disse Grau.
A Psicologia da Saúde também trabalhou com grupos vulneráveis, como crianças, gestantes, idosos e profissionais da indústria, especialmente aqueles que lidam com o vírus SARS-CoV-2 na chamada zona vermelha.
Para levar a mais pessoas a ajuda dessa especialidade, foi utilizado o teleatendimento com a linha de atendimento 103, televisão, rádio e grupos de WhatsApp, disse Grau.
Nossos especialistas acompanharam pacientes com sequelas psicológicas, ressaltou.
Nem tudo foi perfeito, mas adquirimos experiências e aprendemos lições, sentenciou Grau no evento que contou com a presença de mais de 50 delegados estrangeiros de uma dezena de países e mais de 230 nacionais.
Em declarações à Prensa Latina, a especialista Clara Pérez explicou que a atenção primária é fundamental para que a Psicologia da Saúde contribua para a qualidade de vida da população.
Ressaltou que “este nível de atenção é um berço para os psicólogos, é o lugar onde se aprende o que é realmente a psicologia”.
Lá você pode desempenhar as três funções básicas: promoção, prevenção de doenças e cuidado em si, além da reabilitação, destacou Pérez, que tem 40 anos de experiência neste campo.
Não é só atender quem vem com problema, mas também ajudar a preveni-lo, enfatizou o especialista.
Na atenção básica, o vínculo com as escolas é muito bom, auxiliando nos processos ensino-educativos para que flua de forma mais produtiva em alunos e professores, disse a psicóloga.
Assistir é uma coisa linda, assim como ensinar. Aquele momento em sala de aula com futuros médicos e em outros casos, na formação de especialistas é ótimo, assegurou.
“A Psicologia da Saúde é algo para o qual vivemos e para o qual vivemos”, afirmou Pérez.
O presidente do S. 554 / 5.000
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, entre outros”.
“O desafio é continuar trabalhando, crescendo, contribuindo, insistindo, pesquisando, elevando o nível dos profissionais, e o maior compromisso que temos é com nossa gente, e esperamos alcançá-lo com a ajuda de todos”, afirmou Cobián.
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