Em seu site, a ONU destaca que a eleição do dia 29 de novembro como dia de solidariedade à Palestina foi em homenagem à resolução 181 de 1947, quando a mesma Assembleia Geral estipulou a criação de dois Estados independentes, um judeu e outro árabe palestino, uma questão ainda não resolvida e que está na origem de um conflito de longa data.

“Este dia oferece uma oportunidade para a comunidade internacional focar sua atenção no fato de que a questão da Palestina ainda não está resolvida”, disse o comunicado divulgado na plataforma online.

Em 1975, a ONU instituiu o Comitê para o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino com o preceito de assessorar a Assembleia sobre programas voltados para o cumprimento dos direitos desse povo, incluindo a autodeterminação sem interferência externa, a independência nacional e soberania, e a regressar às suas casas e propriedades, de onde foram expulsos.

O mandato do Comitê também é “oferecer sua cooperação e apoio às organizações palestinas e outras organizações da sociedade civil”, e em linha com isso existe uma rede de solidariedade de mais de mil organizações em todas as regiões do mundo.

Israel mantém um estrito bloqueio na Faixa de Gaza há mais de 10 anos, apesar das críticas de vários organismos internacionais devido às graves consequências que acarreta para a população civil.

Até hoje, a criação e o reconhecimento do Estado Palestino é uma das questões pendentes mais longas na ONU, embora um Estado de Israel exista há 70 anos.

Grande parte da comunidade internacional concorda que cabe a Tel Aviv acabar com a colonização do território palestino para caminhar em direção à paz e que somente uma solução de dois Estados pode trazer estabilidade à região.

A ONU recomenda a comemoração desse dia como uma ferramenta para lembrar aos governos e à sociedade civil a urgência de resolver essa pendência na agenda internacional.

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