O cinema Charles Chaplin, na rua 23, entre os números 10 e 12, no bairro de El Vedado, em Havana, exibirá o filme brasileiro Três Tigres Tristes (2022), do diretor Gustavo Vinagre, às 15h, horário local.
Às 17h30, na mesma sala, haverá a apresentação de Los reyes del mundo, da diretora Laura Mora, uma coprodução entre Colômbia, Luxemburgo, França, México e Noruega.
Participante do concurso “operas primas”, o cinéfilo poderá assistir às 12h30, no cinema central Yara, o filme Tenho sonhos elétricos, de Valentina Maurel, rodado entre Costa Rica, Bélgica, França
Outra sugestão para esta sexta-feira é Carvão, a primeira obra de Carolina Markowicz, produzida entre Brasil e Argentina, que será exibida às 15h, no cinema Acapulco, também na capital cubana
Ontem começou o maior festival de cinema de Cuba com a exibição do premiado filme Argentina 1985, do diretor Santiago Mitre, e a música do destacado cantor e compositor cubano X Alfonso
Com o convite para curtir o “big cinema”, slogan promocional do evento que acontecerá até 11 de novembro, Havana recebe mais de 100 títulos em competição pelo Coral Awards, além de uma variada proposta de apresentações e atividades colaterais
Deles, das quais são 15 longas-metragens de ficção, 15 médias e curtas-metragens, 17 documentários e 10 calção documentários, enquanto na secção de animação se encontram 29 obras e 15 filmes de estreia.
Segundo a comissão organizadora, os júris receberam mais de dois mil filmes com representação de todos os países do continente, com destaque para Argentina, México e Brasil, dos quais também optaram por integrar a mostra América Latina em Perspectiva e a seção Apresentações Especiais.
Nesta última categoria figuram, entre outros, os bolivianos Los viejos soldados, de Jorge Sanjinés; Meu país imaginário, de Patricio Guzmán (França); Cartas à Distância, de Juan Carlos Rulfo (México), O Mar em Madri, de Vladimir Cruz (Cuba) e A Música da Vida, de Beat Borter (Suíça).
Eles destacaram a presença de produções da Bolívia e da Costa Rica que chegam com mais ênfase este ano, concorrendo com novos e jovens diretores na seção de longas-metragens de ficção e estreias.
Focado no contexto latino-americano contemporâneo, o festival de Havana propõe hoje uma seleção de documentários que ilustram as realidades do continente, seus problemas e desafios.
Reaparecem as feridas das ditaduras sul-americanas do século passado, os vestígios da colonização, as histórias sobre o patrimônio cultural da região, o impacto da violência e da repressão, bem como a resistência dos movimentos sociais e dos povos contra a direita hegemônica.
Vamos mostrar muito da realidade latino-americana e caribenha na tela grande, confirmou Besú em entrevista coletiva, embora tenha acrescentado que será um evento menor em termos de número de propostas escolhidas e número de salas para as projeções, apenas quatro incluindo os cinemas: Charles Chaplin, Yara, 23 e 12 e Acapulco.
O programa inclui um evento teórico que homenageia o cineasta Nicolás Guillén Landrián com a exibição de um documentário de Ernesto Daranas dedicado à sua marca e a análise do audiovisual Inside Downtown (2001) realizado pelo próprio Nicolás nos Estados Unidos antes de sua morte.
Como novidade está a entrega do prêmio Diversidade que atende pelo nome de Prêmio Arrecife e reconhecerá as criações com temática queer, além de um Encontro de Mercado e Distribuição promovido pelo setor da indústria no Hotel Nacional de Cuba.
A agenda colateral inclui a exibição de Clássicos Restaurados, Panorama Internacional Contemporâneo, uma exposição de 30 cartazes de artistas de 11 países e lançamentos editoriais do Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográfica.
Fundado em 3 de dezembro de 1979 pelo cineasta cubano Alfredo Guevara e com a presença de mais de 600 cineastas latino-americanos, o concurso concede como maior distinção o Grande Prêmio Coral, que simboliza os vastos recifes do mar do Caribe.
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